Santa Cândida em fotos de antigamente

Santa Cândida em fotos de antigamente

 

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Década de 60 – Rua Theodoro Makiolka esquina com Avenida Paraná. Alunos da Casa Escolar Santa Cândida (designação da época) em frente da escola. Na foto o casarão, a nova casa das Irmãs Franciscana da Sagrada Família e a primeira casa paróquia. A casa paroquial foi demolida por ocasião da abertura da Avenida Paraná.

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Década de 60 – Vista panorâmica da Rua Theodoro Makiolka, do número 745 ao 1060, Santa Cândida, Curitiba, Paraná, Brasil.

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Década de 60 – Vista panorâmica da Rua Theodoro Makiolka, número 1060, Santa Cândida, Curitiba, Paraná, Brasil.

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1 – Iria Zeni Nadolny | 2 – Leoni Benigna Kulik | 3 – Francisco Skora | 4 – Palmira Martha Kulik | 5 – Maira Skora Kulig (k) | 6 – Agneska Pyskala | 7 – Lucia Skora Lyska | 8 – Não identificado

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Legenda:
1 – Starka Kuliska – Mãe de Paulo Kuli(g)k – Hedwige Macioszek
2 – Mario Stanislau Kulik
3 – Silvestre Kulig
4 – Dionizio Gabriel Kuli(g)k
5 – Hedviges Theresa Kulig – Tia Vicha
6 – Gertrudes Kulig
7 – Maria Skora Kuli(g)k – Starka Mareska
8 – Natalia Maria Kulik
9 – Longina Kulig – Tia Guinha
10 – Francisco Skora – Pai de Maria Skora Kuli(g)k
11 – Ludoviço Kachel – Marido de Reguina Kuli(g)k Kachel
12 – Pe. João Wislinski
13 – Paulo Kuki(g)k
14 – João L(y)eska
15 – Celestina Szprada – mulher de Pedro Kuli(g)k – irmão de Paulo Kuli(g)k
16 – Pedro Kuli(g)
Mulheres de chapéu são provavelmente as primas de Paulo Kuli(g)k da cidade. As que moravam nas proximidades do centro de Curitiba.
OBSERVAÇÂO: A grafia do sobrenome KULI(G)K foi alterada. Originalmente é KULIG, mais tarde a partir do nascimento do Mario Kulik é que se observa a troca do G pelo K. Alguém convenceu os colonos a aportuguesarem a grafia de seus sobrenomes. Assim eu deixo entre parentes a letra trocada pois vc encontrara documentos antigos com a grafia anterior.
KULIG = trenó

 

 

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

O presidente de província Adolpho Lamenha Lins esforçou-se logo de inicio em dotar a colônia de uma capela para o cultuo religioso dos colonos. Assim no próprio ano de fundação destinou um terreno de 76.681 metros quadrados e nele autorizou a construção de uma capela. Em seu relatório governamental de 1877 p. 84 e 85 assim descreve:

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida benzida e inaugurada no dia 06/01/1877.

“Ultimamente terminou-se a construcção da capella que já foi entregue ao culto. É um edifício elegante, bem construído e está bem ornado e servido de paramentos, importando a despeza total em 6:397$000 (seis contos, trezentos e noventa e sete mil réis).”

Padre João Wislinski, em seu livro de crônicas, dá maiores detalhes dessa primeira igreja de Santa Cândida.

“… Era um quadrilátero de pedra até as janelas e depois de tijolos até a cobertura. Os tijolos procediam da Olaria Strese do Bacacheri, onde atualmente possui a Olaria Silvio Colle. O Sr. Strese era alemão católico. Os tijolos de sua Olaria eram muito bons, que hoje é difícil encontrar. No ano de 1910, do tempo do Pe. Leon Niebieszczanski, foi construído o presbitério em estilo gótico e duas pequenas sacristias. Anteriormente foi acrescentado na frente “babiniec” (lugar para as mães com nenês), de sorte que o comprimento de toda a Igreja tem 27 metros e a largura 6,40 metros. Não havia torre, somente ao lado campanário de madeira com dois sinos e sineta (“sygnaturka”).

Esta primeira Igreja de Santa Cândida tinha três altares, o principal de estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida, …  e dois altares laterais nos quais estavam uma pequena imagem do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.”

A capela foi solenemente benzida e inaugurada no dia dos santos reis (6 de janeiro) de 1877, com uma procissão que partiu de Curitiba, com cerca de 2.000 fieis, inclusive o próprio presidente da província, conduzindo uma imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada que fora pelo imperador D. Pedro II e adquirida em Lisboa.

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à esquerda: Imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada pelo imperador D. Pedro II, adquirida em Lisboa e entregue a colônia Santa Cândida em 06/01/1877. À Direita: Altar principal em estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida da primeira igreja da colônia que foi transferido para a segunda igreja.

O jornal governista, Dezenove de Dezembro, assim registrou o translado da imagem de Santa Cândida da matriz de Curitiba para a respectiva colônia.

“… os colonos dos arredores da capital em numero superior a dois mil, seguidos de uma multidão de fieis desta cidade, formaram a procissão que desfilou pela estrada da Graciosa até a bella colina onde está construída a elegante capella da colônia. A colônia Argelina (leia-se Santa Cândida) empavesou-se com arcos de folhagens, onde se liam inscrições relativas … uma comissão de meninas vestidas de branco, em nome da infância a quem S. Ex. (Lamenha Lins) fornece com tanta liberalidade o pabulo da instrução, depoz nas mãos do benemérito presidente singela e muito significativa manifestação. Os colonos de Argelina (leia-se Santa Cândida) fizeram-se representar por sua vez perante S. Ex. exprimindo-lhe a satisfação que experimentam diante dos progressos da colonização …. O povo aglomerado na collina, onde foi edificada a capella, oferecia aos que chegavam um imponente espetáculo. … Os distintos encarregados do alojamento dos imigrantes, e agente da colonização as suas expensas distribuíram pão e carne entre os colonos, que compareceram a festa.”

 

E assim passou o tempo e a capela foi servindo a seu propósito quando em 1929 o padre Paulo Warkocz iniciou a construção da nova Igreja.  Pe. Paulo foi transferido para Irati em janeiro 1931 e coube ao Pe. João Wislinski que assumiu a paróquia em dezembro de 1931 concluí-la. Há duras penas, com diversas paralisações, por falta de dinheiro, a nova igreja foi concluída e em maio de 1936 nela foi rezada a primeira missa.

 

Então no dia 19 de fevereiro de 1940 procedeu-se a demolição dessa primeira igreja da colônia. A respeito dessa demolição Pe. Wislinski assim escreve em suas crônicas:

“Como a antiga Igreja estava em outro lugar, do outro lado da estrada, poderia ter sido conservada, pois, a construção era muito sólida. Poderia servir como residência paroquial. Infelizmente, somente 2 metros de distância, foi erguida a nova imponente Igreja, de tal sorte que, ficou entre a nova Igreja e o Cemitério paroquial. Tinha que sucumbir à demolição. O povo, principalmente os idosos e adultos lamentavam, quando começaram demolir as paredes da “velhinha”. Não é de admirar, pois, elas eram tão antigas como a estadia deles em Santa Cândida. Foi nela que eles contraíram matrimônio, batizaram os seus filhos, dela conduziam os primeiros colonos pioneiros, os seus familiares, para o descanso eterno no Cemitério ao lado. Foi nela que ouviam a Palavra de Deus, purificavam-se dos pecados, alimentavam a alma com as orações e a Sagrada Comunhão. Foi lá que eles hauriam força e coragem nos momentos difíceis, sobretudo nos primórdios na Terra Brasileira. – O que fazer! Assim é na vida dos homens, os idosos deixam lugar aos novos; amada e venerável, a primeira Igreja católica em Santa Cândida desceu ao sepulcro, fazendo lugar para a sua nova e suntuosa sucessora, … cabendo a esse padre o triste dever de pôr no sepulcro esta primeira Igreja de Santa Cândida na colônia de Santa Cândida.”

 

Pe. João Wislinski ainda relata:

 

Os trabalhos (de demolição) foram conduzidos pelo Sr. Matias Walecko, em substituição ao mestre de obras José Kowalczyk de Curitiba. Tudo levou um mês de trabalhos diários, terminaram na quarta-feira Santa, 21 de março. Ajudaram cerca de 100 famílias voluntárias. Os meninos de 12 a 15 anos ajudaram muito na limpeza dos tijolos e carregamento de entulhos. As despesas da demolição se elevaram a 768$500 (setecentos e sessenta e oito mil, quinhentos contos de réis): Matias Walecko, 24 dias …291$000; Francisco Walecko, 24 dias, 200$000; José Kulik, 25 dias, 222$000; Inácio Otto, 11 dias, 55$000.

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

Da antiga Igreja, foram recuperados 34 mil tijolos em bom estado e 5 mil de meio tijolo. Além disso, 70 m3 de pedra e 32 m3 de areia. Tudo isso serviu para a construção dos muros ao redor da Igreja e ampliação do cemitério. A venda das telhas e da madeira da antiga Igreja rendeu 1.028$300 (hum conto, 28 mil e trezentos réis).”

 

FONTE:

PARANÁ. Relatório do presidente Adolpho Lamenha Lins … 1877, p. 84-85.

FEDALTO. Pe. Pedro. A Arquidiocese de Curitiba na sua história. Curitiba, 1958, s/ed. p. 117.

DEZENOVE DE DEZEMBRO. Curitiba, 10 jan. 1877.

WISLINSKI.  Pe. João. CRÔNICA DA PARÓQUIA DE SANTA CÂNDIDA – PARANÁ E DA CASA DOS PADRES da MISSÂO DO ANO DE 1932 – 1945. Tradução livre feita pelo Pe. Lourenço Biernaski, CM. Curitiba, 10 de dezembro de 2012.

Mangual (cep): Instrumento agrícola para debulhar cereais

Mangual: Instrumento agrícola para debulhar cereais

Mangual  (em polonês e em silesiano escreve-se Cep e lê-se tsep) é um instrumento através do qual se malha cereais para debulhá-los. Consiste em um pedaço de madeira comprido e fino no qual se sustenta a base, chamado de mango, que serve de cabo. Esse cabo é ligado por uma correia de couro, chamada por sua vez de inçadouro, a um outro, curto e grosso, o pírtigo, que percute as hastes da planta, que são geralmente trigo e cevada. Na Colônia Santa Cândida era utilizado para malhar trigo, centeio, cevada e também o feijão.

 

“Cep” é uma palavra utilizada pela línguas eslavas.

Em russo escreve-se “цеп” (“u com cedilha”, “é” e “pi”) e lê-se tsep.

Em ucraniano escreve-se “ціп” (“u com cedilha”, “i” e “pi”) e lê-se tsip.

Em biela-russo escreve-se “цэп” (“u com cedilha”, “é invertido” e “pi”) e lê-se tsip.

As línguas acima relacionadas utilizam o alfabeto cirílico com pequenas variáveis entre elas.

Em polonês escreve-se “Cep” em letras latinas. O plural de “Cep” é “Cepy” e lê-se tsepi.

 

Assim temos ” jeden cep – dwa cepy”

Mangual

 

Mangual (cepy)

Mangual (cepy)

 

FONTE: Internet

Colaboração: Domiciano Spisla e Alexandre Spisla

 

Siołkowice em fotos

Siołkowice em fotos - Centro

Siołkowice vista aérea

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Igreja de Stare Siołkowice construída em 1830, no lugar da antiga igreja destruída no incêndio de 1822. Nessa igreja foram celebrados casamentos e batizados de alguns dos nossos ancestrais. A igreja é dedicada a São João Batista e a São Miguel Arcanjo. Josef Psykala trabalhou como mestre de obras na construção dela. A colônia Santa Cândida recebeu Franz Psykalla, a esposa Margaretha Purkot e filhos que se estabeleceram no lote de nº 3.

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola - Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

Siołkowice – Escola – Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

 

Kościół 1830 r.  – interior da igreja em 1830

Kościół 1830 r. – interior da igreja em 1830

 

Kościół 1934 r.  – interior da igreja em 1934

Kościół 1934 r. – interior da igreja em 1934

Kościół 1966 r.  – interior da igreja em 1966

Kościół 1966 r. – interior da igreja em 1966

Kościół 2012 r.  – interior da igreja em 2012

Kościół 2012 r. – interior da igreja em 2012

 

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual,  Friedrich Bernhard Werner  retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto
Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia
Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual, Friedrich Bernhard Werner retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1930 r.  Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Siołkowice Stare 1930 r. Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Kościół i Szkoła - Igreja e escola

Kościół i Szkoła – Igreja e escola

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

 

Casa em Siołkowice

Casa em Siołkowice

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Casa em Siołkowice

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Casa em Siołkowice

 

 

Fontes:

Edward Piróg morador de Stare Siołkowice que enviou algumas das imagens.

Felippe Skora (falecido) fotografou o lugar quando o visitou em uma de suas viagens.

Internet: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto

 

 

 

Fotos Padre JOÃO WISLINSKI

Fotos Padre JOÃO WISLINSKI

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Visita do Bispo de Czestochowa – Theodoro Kubina. Ao fundo a antiga e a nova igreja do Santa Cândida em construção.

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Padre JOÃO WISLINSKI com freiras e alunos em frente ao Casarão.

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Padre JOÃO WISLINSKI com as filhas de Maria.

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Visita do Consul Geral da Polônia Dr. J. Gioburowski e seus filhos.

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Padre JOÃO WISLINSKI na capela de São Gabriel (antiga ressaca).

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Padre JOÃO WISLINSKI saindo da antiga casa paroquial.

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1 – Pe. Boleslau Bayer • 2 – Pe. Ludovico Bronny • 3 – Pe. João Wislinski • 4 – Pe. Silvestre Candora • 5 – Pe. José Zajac • 6 – José Lopacinski • 7 – Pe. Tadeu Dziedzic • 8 – Pe. José Damek

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Padre WISLINSKI em frente a primeira casa paroquial da colônia Santa Cândida - Dia da 1ª Missa Pe. Starzynski.

Padre WISLINSKI em frente a primeira casa paroquial da colônia Santa Cândida – Dia da 1ª Missa Pe. Starzynski.

 

Padre Leon Niebieszczański – Imagens

Imagens do Padre Leon Niebieszczański

Continuando o post anterior sobre o Tiroteio na casa paroquial com Padre Leon Niebieszczański (clique aqui para acessar o post anterior), segue duas imagens do ilustre padre.

Padre Leon Niebieszczański

Padre Leon Niebieszczański

 

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29 de Agosto, Comemoração do Dia de Santa Cândida

29 de agosto é o dia em que celebramos o aniversário de morte de Santa Cândida. Sabemos que essa santa foi martirizada nos primeiros tempos do cristianismo durante as perseguições dos imperadores romanos. Por volta de 817 a 824 seu corpo foi transferido pelo Papa Pascoal I das catacumbas para a igreja de Santa Praxedes em Roma. Nesse local seu nome está numa inscrição junto com o de outros mártires ali sepultados.

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Foto tirada em 1956 – Imagem entalhada em cedro doada por Dom Pedro II em 1877.

Essa santa serviu de inspiração para nomear a primeira colônia estabelecida as margens da estrada da Graciosa dentro da filosofia “linista”. Os colonos, em sua maioria polacos, receberam a imagem da santa em 06 de janeiro de 1877. A imagem barroca entalhada em cedro foi doada por Dom Pedro II que a adquiriu em Lisboa, Portugal.

Essa santa do inicio do cristianismo tem sido amada, festejada e venerada pela comunidade local. Dois hinos foram compostos em sua homenagem e duas orações são a ela dedicadas. Suas festas sempre foram antecedidas de intensa programação religiosa as quais ninguém faltava.

Nas crônicas do Pe. Joao Wislinski, ha um relato bastante interessante sobre a festa da padroeira Santa Cândida de agosto de 1944. Naqueles dias a colônia amargava uma forte seca. Os poços estavam secos, os pastos queimados e o gado morrendo de fome e sede.  Alem dessa desgraça local, o mundo amargava o 5º ano da II Guerra Mundial.  Assim não houve música, nem baile, mas uma intensa celebração espiritual. No domingo, dia 27 de agosto, a missa das 10 horas, com sermão e adoração do Santíssimo Sacramento prolongou-se ate às três horas da tarde, hora que começava a novena. Assim a comunidade passou o domingo em oração. Na noite de 28 para 29 de agosto, quase que de repende, o céu da colônia cobriu-se de nuvens, trovejou e choveu por toda a noite, parando somente no dia seguinte. Ninguém lamentou a falta de festa externa. O povo sentiu-se feliz pela chuva, agradecendo a Deus e a Santa Cândida por atenderem as suas suplicas. 

Polacos da Santa Cândida que participaram do desfile comemorativo do Centenário do Paraná

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Em pé da esquerda para à direita: André Wosch, Floriano Leska, Pedrinho Schoer e Estacho Baude. Agachados da esquerda para à direita: Silvestre Skora, Silvestre Kulik, Roque Walesko, João Kulik, Estanislau Walesko e Mario Stanislau Kulik.

 

Comemoração do centenário do Paraná com a participação dos polacos da Santa Cândida.

Comemoração do centenário do Paraná com a participação dos polacos da Santa Cândida. Podemos vê-los entre os minutos 2:48 e 3:07.