Santa Cândida em fotos de antigamente

Santa Cândida em fotos de antigamente

 

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Década de 60 – Rua Theodoro Makiolka esquina com Avenida Paraná. Alunos da Casa Escolar Santa Cândida (designação da época) em frente da escola. Na foto o casarão, a nova casa das Irmãs Franciscana da Sagrada Família e a primeira casa paróquia. A casa paroquial foi demolida por ocasião da abertura da Avenida Paraná.

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Década de 60 – Vista panorâmica da Rua Theodoro Makiolka, do número 745 ao 1060, Santa Cândida, Curitiba, Paraná, Brasil.

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Década de 60 – Vista panorâmica da Rua Theodoro Makiolka, número 1060, Santa Cândida, Curitiba, Paraná, Brasil.

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1 – Iria Zeni Nadolny | 2 – Leoni Benigna Kulik | 3 – Francisco Skora | 4 – Palmira Martha Kulik | 5 – Maira Skora Kulig (k) | 6 – Agneska Pyskala | 7 – Lucia Skora Lyska | 8 – Não identificado

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Legenda:
1 – Starka Kuliska – Mãe de Paulo Kuli(g)k – Hedwige Macioszek
2 – Mario Stanislau Kulik
3 – Silvestre Kulig
4 – Dionizio Gabriel Kuli(g)k
5 – Hedviges Theresa Kulig – Tia Vicha
6 – Gertrudes Kulig
7 – Maria Skora Kuli(g)k – Starka Mareska
8 – Natalia Maria Kulik
9 – Longina Kulig – Tia Guinha
10 – Francisco Skora – Pai de Maria Skora Kuli(g)k
11 – Ludoviço Kachel – Marido de Reguina Kuli(g)k Kachel
12 – Pe. João Wislinski
13 – Paulo Kuki(g)k
14 – João L(y)eska
15 – Celestina Szprada – mulher de Pedro Kuli(g)k – irmão de Paulo Kuli(g)k
16 – Pedro Kuli(g)
Mulheres de chapéu são provavelmente as primas de Paulo Kuli(g)k da cidade. As que moravam nas proximidades do centro de Curitiba.
OBSERVAÇÂO: A grafia do sobrenome KULI(G)K foi alterada. Originalmente é KULIG, mais tarde a partir do nascimento do Mario Kulik é que se observa a troca do G pelo K. Alguém convenceu os colonos a aportuguesarem a grafia de seus sobrenomes. Assim eu deixo entre parentes a letra trocada pois vc encontrara documentos antigos com a grafia anterior.
KULIG = trenó

 

 

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1875 – RAZÕES PARA SAIR DA POLÔNIA

1875 – RAZÕES PARA SAIR DA POLÔNIA

 

Ao deitar meu olhar para o mapa mundial e observar a distancia entre a Polônia e o Brasil me pergunto: O que levou os polacos que se estabeleceram na colônia Santa Cândida a fazerem essa jornada transoceânica com mulher e filhos pequenos? Será que a Pátria Mãe Polônia estava deveras sendo por demais madrasta? O que buscavam em terras tão distantes?

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Parte da resposta encontro nos livros de história. Em 1875 ano da partida deles para o Brasil a Polônia já não existe como nação livre e independente. Em 1795 o território polonês foi invadido, ocupado e desmembrado entre Prússia, Rússia e Áustria. A Polônia está riscada do mapa das nações independentes.

O historiador Alberto Victor Stawinski, no livro “Primórdios da Imigração Polonesa no Rio Grande do Sul”, p. 14 assim comenta:

Essas três potencias puseram em ação um lento e progressivo processo de despolonização de seus súditos.  Enquanto a Prússia e a Áustria, na ânsia de germanizar a população polonesa, começaram proibindo o uso da língua polonesa nas escolas, igrejas e repartições publicas. A Rússia, tomava medidas mais drásticas, fechando as escolas primárias e vedando aos estudantes poloneses o acesso às escolas de ensino secundário e superior (8). (talvez seja daí a origem da expressão “A coisa ta russa” para situações de extrema dificuldade (*)). 

No livro acima citado Alberto Victor Stawinski, destaca:

Criou-se então, para os poloneses um clima de soturna perseguição, de opressão e de ignóbil ostracismo… Grande número de intelectuais e de abastados homiziaram (refugiaram-se (*)) na França e em outros países da Europa. À classe proletária restou apenas uma saída: buscar a liberdade através da emigração. 

Romão Wachowicz em seu livro Homens da Terra, p.7.) assim escreve:

Partiam atordoados. Libertavam-se da penúria, da opressão, da perseguição. Aliciados e iludidos, demandavam o além-mar.

Quem poderia resistir à tentação?

Todos tinham casos com o senhorio, com o gendarme, com a caterva de vivaldinos.

Os que possuíam coração, os que amavam a Mãe-Terra enxugavam as lágrimas e partiam em busca de areias cintilantes, para no retorno atirá-las aos olhos do inimigo e cegar os tiranos.

Abandonavam searas de trigo. Tentados, aventuravam melhor sorte. Sonhavam com minas de prata, árvores-leiteiras, frutas-pão, maná em desertos. […] Iludidos, corriam para o desconhecido, em busca de fazendas e castelos ilusórios.

No porto, não passavam de um bando de olhos vendados. Empurravam-nos ao navio. E eles subiam humildes, mas não derrotados.

Alberto V. Stawinski ainda dá inúmeros outros detalhes em seu livro sobre a situação da Polônia no século XIX. No entanto como no BLOG – Santa Cândida a história e as histórias de cada um – tratamos especificamente sobre os polacos prussianos aqui estabelecidos transcrevo na integrava o texto de Stawinski que aborda a dominação prussiana.

 

 

OS POLONESES SOB A DOMINAÇÃO PRUSSIANA (1863)

Alberto Victor Stawinski

 

Após a famosa batalha de Leipzig (1813), em que os prussianos e seus aliados: austríacos, russos e suecos, destroçaram o aguerrido exército de Napoleão Bonaparte, a Prússia tornou-se uma das mais importantes potências da Europa. O rei prussiano, Frederico Guilherme III, no desejo de manter a paz e a ordem dentro dos limites do seu reino, quis governar com brandura o anexado território polonês. Criou-se, pois, o “Grande Ducado de Posnânia”, outogrando-lhes direitos de certa autonomia. Permitiu o uso da língua polonesa e o funcionamento das escolas polonesas. Essa trégua, porém, teve efêmera duração. Em conseqüência dos malogrados levantes de 1830, 1848 e 1863, os poloneses perderam sua relativa autonomia (10).

O domínio do reino prussiano, do lado oriental, abrangia, em 1863, a região polonesa de Posnânia, Pomerânia e parte da Silésia. Tencionavam os prussianos incorporar, definitivamente, ao seu território toda aquela região, que durantes muitos séculos tinha sido parte integrante da Polônia. Para alcançarem tal objetivo, precisavam, antes de tudo, germanizar os seus súditos poloneses. A tarefa da assimilação de aproximadamente 4 milhões de indômitos poloneses exigia um processo metódico e a longo prazo. Em plano prioritário, foi criada a tal “Comissão Colonizadora”, cuja meta principal era obrigar os poloneses, a venderem suas propriedades aos prussianos. A seguir, organizou-se a chamada “luta agrária”, com a finalidade de arrancar das mãos de proprietários poloneses as terras que eles vinham ocupando desde tempos imemoriais. As terras eram confiscadas aos agricultores que se obstinassem a não vendê-las. Com base nessa lei desumana, os agricultores eram esbulhados das suas terras e casas, e substituídos por intrusos lavradores prussianos. Banidos das suas propriedades, os poloneses tinham a proibição de construir novas residências sem a prévia licença das autoridades prussianas (8).

Passou para a história o célebre episódio, ocorrido com o aldeão polonês, Wojciech Drzymała (1857-1937), (em pesquisa encontrei o nome de Michał Drzymała – pode estar havendo erro de impressão no livro de Stawinski ou outra razão desconhecida para a diferença de grafia para o nome do aldeão protagonista do episódio. (*)) a quem as autoridades prussianas haviam negado a licença de construir sua casa. Transformou ele uma carroça em casa e passou a morar na rua. Essa carroça moradia tornou-se símbolo da luta dos poloneses contra a política de germanização. A atitude destemida de Drzymała suscitou imitadores. Toda a imprensa européia comentou amplamente esse episódio, tecendo rasgados elogios à resistência heróica dos poloneses contra a injusta pressão prussiana (8).

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O processo de germanização dos poloneses por parte dos prussianos recrudesceu com o lançamento do malfadado “Kulturkampf” do autoritário chancelar Otto Von Bismarck. Na década de 1870 foi, severamente, proibido o uso da língua polonesa nas escolas, nas igrejas, nas repartições públicas e em todos os atos oficiais. Ademais, aos poloneses foi interditado o acesso a qualquer cargo público. Os prussianos empenharam-se, ainda, em germanizar os nomes poloneses de cidades, vilas, aldeias, praças, ruas, lagos, montanhas,… (19)

Convencidos de que a Igreja Católica constituía forte baluarte de polonidade, os prussianos desencadearam uma luta aberta contra o clero e as instituições católicas. A situação dos poloneses torna-se deveras desesperadora. De fato, como poderia sobreviver um povo esbulhado de seus haveres, privados de todos os direitos sociais e políticos e impedidos de se expressar em sua língua materna? Sem mais nem menos, sob o domínio prussiano os poloneses viram-se reduzidos à condição de párias (19).

No último quartel do século XIX, alarmante crise econômica generalizaram-se em todos os países europeus. O nível salarial era baixo e, por outro lado, ia crescendo cada vez mais o número de desocupados.

Milhares de lavradores tiveram que procurar trabalho fora do território prussiano. Isso, porém, só resolvia em parte o problema da superpopulação e da escassez de ocupação para todos. A fim de sustar o avanço da crise econômica os prussianos chegaram à conclusão de que deveriam liberar a emigração dos poloneses. Criou-se, então, um órgão de controle e orientação dos candidatos à emigração. Todo emigrante devia munir-se de passaporte oficial, redigido em língua alemã. Exigia-se, ainda, dos poloneses católicos que levassem consigo certificado de batismo e casamento religioso. É interessante notar que os párocos forneciam esses documentos exarados de caso pensado, em latim e não em alemão. Era uma espécie de protesto indireto conta a dominação prussiana (20).

De 1875 a 1900, mais de 20 mil emigrantes poloneses deixaram o território prussiano com destino aos países norte e sul americanos. Esse número, porém, foi aumentando até o começo da primeira guerra mundial. Nos países de destino, os poloneses eram registrados não como imigrantes poloneses, mas como prussianos. Aparece isso comprovado, por exemplo, pelo Mapa Estatístico da Imigração, que é conservado no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul em Porto Alegre (21). Entretanto, os imigrantes poloneses vindos embora da Prússia, jamais consentiram em ser considerados como prussianos.

No Paraná os polacos destinados a colônia Santa Cândida foram registrados pelas autoridades brasileiras como polacos prussianos (*).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS de Alberto Victor Stawinski

8 – CYRYLA, S. M. POLSKA (Podrecznik do Nauki Dziejów Ojczystych, Czesc II. Chicago, Illinois, 3800 Peterson Ave. 1933. – 288 pp. (POLÔNIA. – Manual da História da Pátria II Parte) p. 20, 38, 48, 51, 52,…

10 – HALECKI, O. HISTÓRIA DE POLÔNIA. Buenos Aires 1946. Editora Bezeta. 255 pp. (Vrsión Directa del Inglês por J. L. Izquierdo Hernandez) p. 158 ss.

19 – ANAIS DA COMUNIDADE BRASILEIRO-POLONESA. Superintendência das Comemorações do Centenário da Imigração Polonesa ao Paraná. Curitiba, PR., Rua Carlos de Carvalho, 575, 1970 a 1974. (7 Volumes)

1970, Vol. I e Vol. II.

1971, Vol. III, Vol. IV e Vol. V.

1972, Vol. VI.

1973, Vol. VII.

p. 16-27, 29-35 (Vol. I; p. 97-106 (Vol. II); p. 17-34, 82-103 (Vol. III); p. 23-24 (Vol. VII).

20 – WASTOWSKI, Mons. Pedro Protásio. INFORMAÇÕES SOBRE IMIGRANTES POLONESES ORIUNDOS DA REGIÃO SOB DOMÍNIO PRUSSIANO. Cf. Carta 15.09.1974. Arq. Inst. Hist. Capuchinhos. Cx P. 233. – 95.100 – Caxias do Sul, RS.

21 – ARQUIVO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre, Rua André Puente, 318. – COLÔNIA CONDE D’EU, Linha Azevedo Castro I secção, Livro 511, 1877. – MAPA ESTATÍSTICO DA POPULAÇÃO COM A INDICAÇÃO DOS LOTES OCUPADOS E DEMONSTRAÇÃO DO DÉBITO DOS COLONOS À FAZENDA NACIONAL (01.01.1884, Colônia Conde D’Eu, Linha Azevedo Castro, I Secção, Fls. 50 – 105).

 

FONTES:

Stawinski, Alberto Victor. Primórdios da Imigração Polonesa no Rio Grande do Sul (1875-1975). Porto Alegre, Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes; Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 1976.

Wachowicz, Romão 1907

Homens da Terra/Romão Wachowicz, tradução de Francisco Dranka. Terceira edição, Curitiba, Vicentina, 1997, 337 p.

-Título Original em língua polonesa editado em Curitiba em 1962.

SZERSZENIE WRAJU

– Título da edição polonesa editado em Varsóvia em 1980.

POLSKIE KORZENIE

Goulart, Maria do Carmo Ramos Krieger. “Imigração Polonesa nas Colônias Itajahy e Principe Dom Pedro”: Uma contribuição ao estudo da imigração polonesa no Brasil Meridional. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1984.

 

IMAGENS:

Fonte: http://www.wykop.pl/link/1489701/woz-drzymaly/

Fonte: http://blogmedia24.pl/node/57580

Fonte: https://pl.wikipedia.org/wiki/Micha%C5%82_Drzyma%C5%82ª

 

(*) Nota de Danusia Walesko

 

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O INICIO DE UMA TRADIÇÃO NA FESTA DE SANTA CÂNDIDA

O INICIO DE UMA TRADIÇÃO NA FESTA DE SANTA CÂNDIDA

Por ocasião da festa da padroeira Santa Cândida já é tradição a fabricação e venda do kuke polonês. Tradição essa que se iniciou há muitos anos atrás quando o padre João Wislinski pediu a um grupo de meninas, que participavam do movimento Filhas de Maria, que organizasse um café para a festa. Philomena Kachel Schluga que nesse mês de junho de 2015 completa 85 anos lembra como tudo começou:

– Não sei bem a data, mas foi mais ou menos entre 1946 e 1948, numa das reuniões de Filhas de Maria da qual eu participava. Padre João Wislinski era nosso diretor e também participava das reuniões. Foi numa dessas reuniões que o padre Wislinski pediu para nós se daria para fazer um café para a festa da padroeira Santa Cândida, pois nesta data fazia e faz frio.

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Num primeiro momento as meninas se negaram, pois não havia estrutura para fazer o café. No local onde se realizavam as festas só havia um pequeno chalé. Mas padre Wislinski não seu deu por vencido e persistiu frisando para todas que quando a gente quer de verdade a gente consegue, mas nós um grupo de seis meninas acreditávamos que não seria possível, era uma tarefa além das nossas forças.

Na época era tudo difícil, só existia fogão a lenha, e no chalé não tinha fogão, a data da festa estava próxima e não dava tempo de fazer o fogão e ainda não tinha louça nem bules. Então padre Wislinski sugeriu que falássemos com as freiras da escola para ver se elas emprestavam o fogão. Como as nossas irmãs sempre foram muito prestativas com a comunidade, aceitaram o pedido das meninas e cederam a cozinha.

Bom o café estava garantido, mas e o lanche? Então fomos falar com as senhoras caridosas que pertenciam a Associação de Mães Cristãs da Paróquia. E elas nos ajudaram muito. Uma fez os sonhos, outra fez roscas (um espécie de pão doce) e outra fez o kuke polonês, e nós meninas, colaboramos com os bolos e fizemos os sanduíches. E foi assim que surgiu o primeiro café colonial de Santa Cândida.

Mas de que maneira foi servido esse café?

– Bem, o café a gente ia buscar na escola das irmãs, onde uma das senhoras já estava fazendo e refazendo. Os bules e as xícaras foram emprestados. O café foi servido pela janela do chalé, pois não havia espaço para todos dentro do mesmo. Para ajudar a servir, uma menina com um bule na mão e outra com uma bandeja de xícaras serviam no meio do povo. Haviam muitas pessoas, pois todos prestigiavam as festas promovidas pela Igreja. Foi difícil, mas apesar de todas as dificuldades, tivemos êxito e o café foi um sucesso.

Com o resultado favorável da experiência, no próximo ano foi emendado ao pequeno chalé de madeira uma pequena cozinha com fogão a lenha. Nós nos organizamos melhor e as senhoras do movimento de Mães Cristãs nos deram mais apoio. A partir de então nunca mais faltou kuke polonês/polaco nas festas de Santa Cândida.

Os organizadores e colaboradores do primeiro café da festa de Santa Cândida foram:

– O padre João Wislinski,

– As Irmãs Franciscanas da Sagrada Família,

– As seis meninas que faziam parte do movimento – Filhas de Maria: Francisca Nadolny, Philomena Kachel, Gilda Ian, Silene Rudek, Valdívia Rudek e Astrogilda Voś.

– As senhoras Caridosas: Ana Voś Baudy, Julia Skora Baudy, Eliza Nadolny Ielen, Vitória Lyska.

 

Fonte:

Depoimento de Philomena Kachel Schluga.

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Francisco Kulig (filho)

Francisco Kulig (filho)

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Francisco Kulig (filho)

 

Francisco Kulig (filho) nasceu no dia 03 de dezembro de 1870, na Polônia, aldeia de Siolkowice, região da Silésia. Chegou ao Brasil com 4 anos e sete meses de idade junto com os país Francisco Kulig  e Maria Malek e  irmãos.  Segundo artigo de  Helena Kokot Józef Moczko a família de Francisco Kulig (filho) ao deixar a Polônia estava assim constituída.

 

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Fonte: http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/

No Brasil a família de Francisco Kulig (filho) se estabeleceu em outubro de 1875 no lote 4  na colônia Santa Cândida.

Em 1877 Francisco e o irmão Carlos freqüentaram a escola da colônia. Seus nomes constam de uma lista dos alunos matriculados naquele ano.

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1877 – recorte da lista de alunos matriculados na escola Santa Cândida

Em 1887 segundo levantamento estatístico efetuado pelo governo da província do Paraná, a família plantava Centeio, milho, batatas e feijão. Possuía casa de madeira, paiol, 2 cavalos, 1 carroça e 1 vaca e estava assim constituída:

 

Franz Kulig                       chefe          48            casado        polaca

Maria                                  mulher       45            casada        polaca

Ignacio                              filho            23            solteiro        polaca

Franz                                 filho            17            solteiro        polaca

Urbano                              filho            14            solteiro        polaca

Catharina                          filha            9               solteira     brasileira

Juliana                              filha            7               solteira      brasileira

Agneska                            filha            5               solteira     brasileira

Josepha                            filha            2               solteira     brasileira

 

No dia 14 de novembro de 1893 Francisco Kulig (filho) casou com Hedvige Macioszek

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Com quem teve os seguintes filhos: Augustinho, Jacob, Regina, Paulo, Pedro, Julia, João, Clara, Maria e Mônica.

Augustinho (Augusto) casou com Guilhermina Szprada

Jacob casou com Francisca Skrock,

Paulo casou com Maria Skora,

Pedro casou com Celestina Szprada,

Regina casou Ludovico Kachel,

Julia não casou,

João casou com Margarida Zaia,

Clara com Wasil Luciw,

Maria e Mônica morreram adolescentes.

 

No decorrer da vida Francisco exerceu a profissão de pedreiro, carpinteiro, mestre de obras e escultor de imagens sacras. Também foi agricultor e criador de animais.

Segundo relato de descendentes ele trabalhou na construção da casa que serviu de escola e abrigo para as irmãs Franciscanas da Sagrada Família de Maria. Essa casa existe até os dias atuais e é chamada de “Casarrão”.

 

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1922 – “Casarão” recém inaugurado

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1922 – “Casarão” recém inaugurado

1998 – “Casarão” recém restaurado.

1998 – “Casarão” recém restaurado.

Construiu e fundou a Sociedade Lamenha Lins. A sociedade era servida de uma construção composta por um amplo salão de baile, um palco, uma cozinha e bar e espaço com mesas onde os homens jogavam cartas e bebiam cerveja. Festas de casamento, eventos cívicos e culturais se realizavam nesse espaço. O local ficou conhecido como Salão de Baixo. Nesse espaço funcionou também o Circulo Operário.  Francisco deixou em testamento que a propriedade deveria ser doada para a escola quando o circulo operário encerrasse as atividades. O circulo encerrou suas atividades, mas como a escola da colônia havia sido estatizada  alterou-se o estatuto e a propriedade foi doada para a paróquia. Por volta de 1975, a paróquia demoliu a edificação e vendeu o terreno.

Anos 50 – Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) – Baile da Coroa

Anos 50 – Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) – Baile da Coroa 

1965 – Demolição da Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo)

1975 – Demolição da Sociedade Lamenha Lins (salão de baixo) 

Na década de 20 Francisco tentou viajar à Polônia com a esposa. No entanto como a Europa estava sobre clima de guerra e o casal não obteve o “salvo conduto” a viagem à Polônia tornou-se uma viagem pelo Brasil.

Em 1929, Francisco Kulig foi o primeiro mestre de obra a dirigir os trabalhos da construção da nova igreja de Santa Cândida, mas no decurso da obra ficou doente e faleceu no dia 16 de fevereiro de 1930 com 59 anos. Assim a obra ficou inacabada e foi assumida por outros. Esses não deram conta do trabalho quando finalmente Paulo Kulig, filho de Francisco Kulig assumiu e concluiu a construção.

1956 – Igreja matriz de Santa Cândida

1956 – Igreja matriz de Santa Cândida 

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2014 – Igreja matriz de Santa Cândida

 

Francisco foi um esposo dedicado que cuidou com esmero e carinho de sua esposa Hedvige. Próspero e religiosos sempre levava consigo uma bíblia. Esse lado religioso foi seguido pelos netos Fabiano Sebastião Kachel e Domingos Salomão Kachel ambos padres e pelas neta Silvia Kachel freira. Muitos de seus descendentes continuam morando em Santa Cândida e vários atuam na paróquia de mesmo nome.

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Na foto Tereza Kulik Czepanik com as filhas Marcia (em pé) e Claudia (no colo). O menino ao lado é Celso de Oliveira um sobrinho do marido de Tereza.  A casa no fundo é a casa de Francisco Kulig e Hedvige Macioszek (Starka Kuliska). Tereza Kulik Czepanik é neta de Francisco Kulig (filho) e Edvige Macioszek.

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Hedvige Macioszek esposa de Francisco Kulig (filho) 

Clara Kulig filha de Francisco Kulig (filho) e Hedvige Macioszek.

Clara Kulig filha de Francisco Kulig (filho) e Hedvige Macioszek. 

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1924 – Paulo Kulig e Maria Skora

Esse casal, meus avós maternos, tiveram os seguintes filhos:

14/10/1925 Hedviges Theresa Kulig,

02/10/1927 Longina Kulig,

01/10/1929 Dionizio Gabriel Kulig

27/11/1931 Silvestre Kulig

15/11/1933 Mario Stanislau Kulik,

16/07/1937 Natalia Maria Kulik,

29/04/1939 Celestina Karolina Kulik,

06/05/1942 Nivaldina Kulik

29/07/1944 Palmira Martha Kulik

03/10/1947 Leoni Benigna Kulik

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1929 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora 

1950 - As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

1950 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora 

2001 - As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

2001 – As Filhas de Paulo Kulig e Maria Skora

 

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS – Parte 1

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS

Parte 1

 

De repente tomo consciência que nada ou muito pouco sei daqueles cuja existência tornou possível a minha existência. Muitas de nossas habilidades, maneirismos e aspectos físicos, bem como nossos valores, nos foram transmitidos por nossos ancestrais. Mas quem foram eles? Durante meses me coloquei em busca de seus nomes e história. Após ouvir inúmeros relatos dos mais velhos e folhear documentos governamentais, livros de nascimentos, casamentos e óbitos cheguei a algumas informações.

– Francisco Kulig (filho) era um homem empreendedor, muito correto, e jamais colocou uma gota de álcool na boca. Seguiu pela vida sempre acompanhado de sua bíblia.

– Hedvige Macioszek – starka Kuliska foi costureira e muito curiosa. Sofreu um grave acidente que lhe custou a perda de uma perna.

– Paulo Kulig foi construtor, musico e festeiro.

– Maria Skora foi uma boa samaritana. Mas muito firme e enérgica com os filhos.

– Roque Waleczko foi muito bonzinho e fabricante de barricas.

– Maria Kania- Rochuska era muito generosa com a igreja, mas geniosa e ruim. …

Dos demais apenas seus nomes. De alguns ainda data de nascimento, casamento e/ou óbito. Mas com o quê foi possível conhecer até o momento montei minha árvore genealógica que segue.

Download do PDF em alta resolução:

 

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O CASAMENTO DE JULIA

O CASAMENTO DE JULIA

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Ilustração Márcia Széliga

 

Duas senhoras polacas se encontraram. Em dado momento concluíram que uma tinha um filho em idade de casar e a outra uma filha também em idade de casar. Assim foram as duas até o padre e marcaram o casamento dos dois. Uma vez marcado o casamento corriam os proclamas que eram lidos pelo padre na missa de domingo. Era costume que na missa do primeiro proclama a moça que iria se casar fosse à missa com a sua melhor roupa, algumas até faziam novas vestes para essa ocasião. Julia foi à missa de domingo com suas vestes simples de dia de semana, quando o padre anunciou:

– Casamento de Julia Sługa com Francisco Skora.

E nesse momento de surpresa e espanto, sentindo como se um raio de morte a tivesse atingido, não sabendo para onde fugir ou o quê fazer minha bisavó Julia soube que iria se casar.

Como acomodou seu coração a essa nova realidade? Eu desconheço. O fato é que ela assim … casou. 

 

 

 

 

 

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

O presidente de província Adolpho Lamenha Lins esforçou-se logo de inicio em dotar a colônia de uma capela para o cultuo religioso dos colonos. Assim no próprio ano de fundação destinou um terreno de 76.681 metros quadrados e nele autorizou a construção de uma capela. Em seu relatório governamental de 1877 p. 84 e 85 assim descreve:

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida benzida e inaugurada no dia 06/01/1877.

“Ultimamente terminou-se a construcção da capella que já foi entregue ao culto. É um edifício elegante, bem construído e está bem ornado e servido de paramentos, importando a despeza total em 6:397$000 (seis contos, trezentos e noventa e sete mil réis).”

Padre João Wislinski, em seu livro de crônicas, dá maiores detalhes dessa primeira igreja de Santa Cândida.

“… Era um quadrilátero de pedra até as janelas e depois de tijolos até a cobertura. Os tijolos procediam da Olaria Strese do Bacacheri, onde atualmente possui a Olaria Silvio Colle. O Sr. Strese era alemão católico. Os tijolos de sua Olaria eram muito bons, que hoje é difícil encontrar. No ano de 1910, do tempo do Pe. Leon Niebieszczanski, foi construído o presbitério em estilo gótico e duas pequenas sacristias. Anteriormente foi acrescentado na frente “babiniec” (lugar para as mães com nenês), de sorte que o comprimento de toda a Igreja tem 27 metros e a largura 6,40 metros. Não havia torre, somente ao lado campanário de madeira com dois sinos e sineta (“sygnaturka”).

Esta primeira Igreja de Santa Cândida tinha três altares, o principal de estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida, …  e dois altares laterais nos quais estavam uma pequena imagem do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.”

A capela foi solenemente benzida e inaugurada no dia dos santos reis (6 de janeiro) de 1877, com uma procissão que partiu de Curitiba, com cerca de 2.000 fieis, inclusive o próprio presidente da província, conduzindo uma imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada que fora pelo imperador D. Pedro II e adquirida em Lisboa.

altar-santa

à esquerda: Imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada pelo imperador D. Pedro II, adquirida em Lisboa e entregue a colônia Santa Cândida em 06/01/1877. À Direita: Altar principal em estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida da primeira igreja da colônia que foi transferido para a segunda igreja.

O jornal governista, Dezenove de Dezembro, assim registrou o translado da imagem de Santa Cândida da matriz de Curitiba para a respectiva colônia.

“… os colonos dos arredores da capital em numero superior a dois mil, seguidos de uma multidão de fieis desta cidade, formaram a procissão que desfilou pela estrada da Graciosa até a bella colina onde está construída a elegante capella da colônia. A colônia Argelina (leia-se Santa Cândida) empavesou-se com arcos de folhagens, onde se liam inscrições relativas … uma comissão de meninas vestidas de branco, em nome da infância a quem S. Ex. (Lamenha Lins) fornece com tanta liberalidade o pabulo da instrução, depoz nas mãos do benemérito presidente singela e muito significativa manifestação. Os colonos de Argelina (leia-se Santa Cândida) fizeram-se representar por sua vez perante S. Ex. exprimindo-lhe a satisfação que experimentam diante dos progressos da colonização …. O povo aglomerado na collina, onde foi edificada a capella, oferecia aos que chegavam um imponente espetáculo. … Os distintos encarregados do alojamento dos imigrantes, e agente da colonização as suas expensas distribuíram pão e carne entre os colonos, que compareceram a festa.”

 

E assim passou o tempo e a capela foi servindo a seu propósito quando em 1929 o padre Paulo Warkocz iniciou a construção da nova Igreja.  Pe. Paulo foi transferido para Irati em janeiro 1931 e coube ao Pe. João Wislinski que assumiu a paróquia em dezembro de 1931 concluí-la. Há duras penas, com diversas paralisações, por falta de dinheiro, a nova igreja foi concluída e em maio de 1936 nela foi rezada a primeira missa.

 

Então no dia 19 de fevereiro de 1940 procedeu-se a demolição dessa primeira igreja da colônia. A respeito dessa demolição Pe. Wislinski assim escreve em suas crônicas:

“Como a antiga Igreja estava em outro lugar, do outro lado da estrada, poderia ter sido conservada, pois, a construção era muito sólida. Poderia servir como residência paroquial. Infelizmente, somente 2 metros de distância, foi erguida a nova imponente Igreja, de tal sorte que, ficou entre a nova Igreja e o Cemitério paroquial. Tinha que sucumbir à demolição. O povo, principalmente os idosos e adultos lamentavam, quando começaram demolir as paredes da “velhinha”. Não é de admirar, pois, elas eram tão antigas como a estadia deles em Santa Cândida. Foi nela que eles contraíram matrimônio, batizaram os seus filhos, dela conduziam os primeiros colonos pioneiros, os seus familiares, para o descanso eterno no Cemitério ao lado. Foi nela que ouviam a Palavra de Deus, purificavam-se dos pecados, alimentavam a alma com as orações e a Sagrada Comunhão. Foi lá que eles hauriam força e coragem nos momentos difíceis, sobretudo nos primórdios na Terra Brasileira. – O que fazer! Assim é na vida dos homens, os idosos deixam lugar aos novos; amada e venerável, a primeira Igreja católica em Santa Cândida desceu ao sepulcro, fazendo lugar para a sua nova e suntuosa sucessora, … cabendo a esse padre o triste dever de pôr no sepulcro esta primeira Igreja de Santa Cândida na colônia de Santa Cândida.”

 

Pe. João Wislinski ainda relata:

 

Os trabalhos (de demolição) foram conduzidos pelo Sr. Matias Walecko, em substituição ao mestre de obras José Kowalczyk de Curitiba. Tudo levou um mês de trabalhos diários, terminaram na quarta-feira Santa, 21 de março. Ajudaram cerca de 100 famílias voluntárias. Os meninos de 12 a 15 anos ajudaram muito na limpeza dos tijolos e carregamento de entulhos. As despesas da demolição se elevaram a 768$500 (setecentos e sessenta e oito mil, quinhentos contos de réis): Matias Walecko, 24 dias …291$000; Francisco Walecko, 24 dias, 200$000; José Kulik, 25 dias, 222$000; Inácio Otto, 11 dias, 55$000.

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

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Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

Da antiga Igreja, foram recuperados 34 mil tijolos em bom estado e 5 mil de meio tijolo. Além disso, 70 m3 de pedra e 32 m3 de areia. Tudo isso serviu para a construção dos muros ao redor da Igreja e ampliação do cemitério. A venda das telhas e da madeira da antiga Igreja rendeu 1.028$300 (hum conto, 28 mil e trezentos réis).”

 

FONTE:

PARANÁ. Relatório do presidente Adolpho Lamenha Lins … 1877, p. 84-85.

FEDALTO. Pe. Pedro. A Arquidiocese de Curitiba na sua história. Curitiba, 1958, s/ed. p. 117.

DEZENOVE DE DEZEMBRO. Curitiba, 10 jan. 1877.

WISLINSKI.  Pe. João. CRÔNICA DA PARÓQUIA DE SANTA CÂNDIDA – PARANÁ E DA CASA DOS PADRES da MISSÂO DO ANO DE 1932 – 1945. Tradução livre feita pelo Pe. Lourenço Biernaski, CM. Curitiba, 10 de dezembro de 2012.

Mangual (cep): Instrumento agrícola para debulhar cereais

Mangual: Instrumento agrícola para debulhar cereais

Mangual  (em polonês e em silesiano escreve-se Cep e lê-se tsep) é um instrumento através do qual se malha cereais para debulhá-los. Consiste em um pedaço de madeira comprido e fino no qual se sustenta a base, chamado de mango, que serve de cabo. Esse cabo é ligado por uma correia de couro, chamada por sua vez de inçadouro, a um outro, curto e grosso, o pírtigo, que percute as hastes da planta, que são geralmente trigo e cevada. Na Colônia Santa Cândida era utilizado para malhar trigo, centeio, cevada e também o feijão.

 

“Cep” é uma palavra utilizada pela línguas eslavas.

Em russo escreve-se “цеп” (“u com cedilha”, “é” e “pi”) e lê-se tsep.

Em ucraniano escreve-se “ціп” (“u com cedilha”, “i” e “pi”) e lê-se tsip.

Em biela-russo escreve-se “цэп” (“u com cedilha”, “é invertido” e “pi”) e lê-se tsip.

As línguas acima relacionadas utilizam o alfabeto cirílico com pequenas variáveis entre elas.

Em polonês escreve-se “Cep” em letras latinas. O plural de “Cep” é “Cepy” e lê-se tsepi.

 

Assim temos ” jeden cep – dwa cepy”

Mangual

 

Mangual (cepy)

Mangual (cepy)

 

FONTE: Internet

Colaboração: Domiciano Spisla e Alexandre Spisla

 

Siołkowice em fotos

Siołkowice em fotos - Centro

Siołkowice vista aérea

Siolkowice002b

Igreja de Stare Siołkowice construída em 1830, no lugar da antiga igreja destruída no incêndio de 1822. Nessa igreja foram celebrados casamentos e batizados de alguns dos nossos ancestrais. A igreja é dedicada a São João Batista e a São Miguel Arcanjo. Josef Psykala trabalhou como mestre de obras na construção dela. A colônia Santa Cândida recebeu Franz Psykalla, a esposa Margaretha Purkot e filhos que se estabeleceram no lote de nº 3.

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola - Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

Siołkowice – Escola – Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

 

Kościół 1830 r.  – interior da igreja em 1830

Kościół 1830 r. – interior da igreja em 1830

 

Kościół 1934 r.  – interior da igreja em 1934

Kościół 1934 r. – interior da igreja em 1934

Kościół 1966 r.  – interior da igreja em 1966

Kościół 1966 r. – interior da igreja em 1966

Kościół 2012 r.  – interior da igreja em 2012

Kościół 2012 r. – interior da igreja em 2012

 

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual,  Friedrich Bernhard Werner  retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto
Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia
Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual, Friedrich Bernhard Werner retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1930 r.  Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Siołkowice Stare 1930 r. Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Kościół i Szkoła - Igreja e escola

Kościół i Szkoła – Igreja e escola

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

 

Casa em Siołkowice

Casa em Siołkowice

Siolkowice005

Casa em Siołkowice

Siolkowice006

Casa em Siołkowice

 

 

Fontes:

Edward Piróg morador de Stare Siołkowice que enviou algumas das imagens.

Felippe Skora (falecido) fotografou o lugar quando o visitou em uma de suas viagens.

Internet: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto