Posts

imigracao-capa

1875 – RAZÕES PARA SAIR DA POLÔNIA

1875 – RAZÕES PARA SAIR DA POLÔNIA

 

Ao deitar meu olhar para o mapa mundial e observar a distancia entre a Polônia e o Brasil me pergunto: O que levou os polacos que se estabeleceram na colônia Santa Cândida a fazerem essa jornada transoceânica com mulher e filhos pequenos? Será que a Pátria Mãe Polônia estava deveras sendo por demais madrasta? O que buscavam em terras tão distantes?

caxias1

Parte da resposta encontro nos livros de história. Em 1875 ano da partida deles para o Brasil a Polônia já não existe como nação livre e independente. Em 1795 o território polonês foi invadido, ocupado e desmembrado entre Prússia, Rússia e Áustria. A Polônia está riscada do mapa das nações independentes.

O historiador Alberto Victor Stawinski, no livro “Primórdios da Imigração Polonesa no Rio Grande do Sul”, p. 14 assim comenta:

Essas três potencias puseram em ação um lento e progressivo processo de despolonização de seus súditos.  Enquanto a Prússia e a Áustria, na ânsia de germanizar a população polonesa, começaram proibindo o uso da língua polonesa nas escolas, igrejas e repartições publicas. A Rússia, tomava medidas mais drásticas, fechando as escolas primárias e vedando aos estudantes poloneses o acesso às escolas de ensino secundário e superior (8). (talvez seja daí a origem da expressão “A coisa ta russa” para situações de extrema dificuldade (*)). 

No livro acima citado Alberto Victor Stawinski, destaca:

Criou-se então, para os poloneses um clima de soturna perseguição, de opressão e de ignóbil ostracismo… Grande número de intelectuais e de abastados homiziaram (refugiaram-se (*)) na França e em outros países da Europa. À classe proletária restou apenas uma saída: buscar a liberdade através da emigração. 

Romão Wachowicz em seu livro Homens da Terra, p.7.) assim escreve:

Partiam atordoados. Libertavam-se da penúria, da opressão, da perseguição. Aliciados e iludidos, demandavam o além-mar.

Quem poderia resistir à tentação?

Todos tinham casos com o senhorio, com o gendarme, com a caterva de vivaldinos.

Os que possuíam coração, os que amavam a Mãe-Terra enxugavam as lágrimas e partiam em busca de areias cintilantes, para no retorno atirá-las aos olhos do inimigo e cegar os tiranos.

Abandonavam searas de trigo. Tentados, aventuravam melhor sorte. Sonhavam com minas de prata, árvores-leiteiras, frutas-pão, maná em desertos. […] Iludidos, corriam para o desconhecido, em busca de fazendas e castelos ilusórios.

No porto, não passavam de um bando de olhos vendados. Empurravam-nos ao navio. E eles subiam humildes, mas não derrotados.

Alberto V. Stawinski ainda dá inúmeros outros detalhes em seu livro sobre a situação da Polônia no século XIX. No entanto como no BLOG – Santa Cândida a história e as histórias de cada um – tratamos especificamente sobre os polacos prussianos aqui estabelecidos transcrevo na integrava o texto de Stawinski que aborda a dominação prussiana.

 

 

OS POLONESES SOB A DOMINAÇÃO PRUSSIANA (1863)

Alberto Victor Stawinski

 

Após a famosa batalha de Leipzig (1813), em que os prussianos e seus aliados: austríacos, russos e suecos, destroçaram o aguerrido exército de Napoleão Bonaparte, a Prússia tornou-se uma das mais importantes potências da Europa. O rei prussiano, Frederico Guilherme III, no desejo de manter a paz e a ordem dentro dos limites do seu reino, quis governar com brandura o anexado território polonês. Criou-se, pois, o “Grande Ducado de Posnânia”, outogrando-lhes direitos de certa autonomia. Permitiu o uso da língua polonesa e o funcionamento das escolas polonesas. Essa trégua, porém, teve efêmera duração. Em conseqüência dos malogrados levantes de 1830, 1848 e 1863, os poloneses perderam sua relativa autonomia (10).

O domínio do reino prussiano, do lado oriental, abrangia, em 1863, a região polonesa de Posnânia, Pomerânia e parte da Silésia. Tencionavam os prussianos incorporar, definitivamente, ao seu território toda aquela região, que durantes muitos séculos tinha sido parte integrante da Polônia. Para alcançarem tal objetivo, precisavam, antes de tudo, germanizar os seus súditos poloneses. A tarefa da assimilação de aproximadamente 4 milhões de indômitos poloneses exigia um processo metódico e a longo prazo. Em plano prioritário, foi criada a tal “Comissão Colonizadora”, cuja meta principal era obrigar os poloneses, a venderem suas propriedades aos prussianos. A seguir, organizou-se a chamada “luta agrária”, com a finalidade de arrancar das mãos de proprietários poloneses as terras que eles vinham ocupando desde tempos imemoriais. As terras eram confiscadas aos agricultores que se obstinassem a não vendê-las. Com base nessa lei desumana, os agricultores eram esbulhados das suas terras e casas, e substituídos por intrusos lavradores prussianos. Banidos das suas propriedades, os poloneses tinham a proibição de construir novas residências sem a prévia licença das autoridades prussianas (8).

Passou para a história o célebre episódio, ocorrido com o aldeão polonês, Wojciech Drzymała (1857-1937), (em pesquisa encontrei o nome de Michał Drzymała – pode estar havendo erro de impressão no livro de Stawinski ou outra razão desconhecida para a diferença de grafia para o nome do aldeão protagonista do episódio. (*)) a quem as autoridades prussianas haviam negado a licença de construir sua casa. Transformou ele uma carroça em casa e passou a morar na rua. Essa carroça moradia tornou-se símbolo da luta dos poloneses contra a política de germanização. A atitude destemida de Drzymała suscitou imitadores. Toda a imprensa européia comentou amplamente esse episódio, tecendo rasgados elogios à resistência heróica dos poloneses contra a injusta pressão prussiana (8).

Drzymala-2

The_Portrait_of_Michal_Drzymala_rj28-v-b

O processo de germanização dos poloneses por parte dos prussianos recrudesceu com o lançamento do malfadado “Kulturkampf” do autoritário chancelar Otto Von Bismarck. Na década de 1870 foi, severamente, proibido o uso da língua polonesa nas escolas, nas igrejas, nas repartições públicas e em todos os atos oficiais. Ademais, aos poloneses foi interditado o acesso a qualquer cargo público. Os prussianos empenharam-se, ainda, em germanizar os nomes poloneses de cidades, vilas, aldeias, praças, ruas, lagos, montanhas,… (19)

Convencidos de que a Igreja Católica constituía forte baluarte de polonidade, os prussianos desencadearam uma luta aberta contra o clero e as instituições católicas. A situação dos poloneses torna-se deveras desesperadora. De fato, como poderia sobreviver um povo esbulhado de seus haveres, privados de todos os direitos sociais e políticos e impedidos de se expressar em sua língua materna? Sem mais nem menos, sob o domínio prussiano os poloneses viram-se reduzidos à condição de párias (19).

No último quartel do século XIX, alarmante crise econômica generalizaram-se em todos os países europeus. O nível salarial era baixo e, por outro lado, ia crescendo cada vez mais o número de desocupados.

Milhares de lavradores tiveram que procurar trabalho fora do território prussiano. Isso, porém, só resolvia em parte o problema da superpopulação e da escassez de ocupação para todos. A fim de sustar o avanço da crise econômica os prussianos chegaram à conclusão de que deveriam liberar a emigração dos poloneses. Criou-se, então, um órgão de controle e orientação dos candidatos à emigração. Todo emigrante devia munir-se de passaporte oficial, redigido em língua alemã. Exigia-se, ainda, dos poloneses católicos que levassem consigo certificado de batismo e casamento religioso. É interessante notar que os párocos forneciam esses documentos exarados de caso pensado, em latim e não em alemão. Era uma espécie de protesto indireto conta a dominação prussiana (20).

De 1875 a 1900, mais de 20 mil emigrantes poloneses deixaram o território prussiano com destino aos países norte e sul americanos. Esse número, porém, foi aumentando até o começo da primeira guerra mundial. Nos países de destino, os poloneses eram registrados não como imigrantes poloneses, mas como prussianos. Aparece isso comprovado, por exemplo, pelo Mapa Estatístico da Imigração, que é conservado no Arquivo Histórico do Rio Grande do Sul em Porto Alegre (21). Entretanto, os imigrantes poloneses vindos embora da Prússia, jamais consentiram em ser considerados como prussianos.

No Paraná os polacos destinados a colônia Santa Cândida foram registrados pelas autoridades brasileiras como polacos prussianos (*).

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS de Alberto Victor Stawinski

8 – CYRYLA, S. M. POLSKA (Podrecznik do Nauki Dziejów Ojczystych, Czesc II. Chicago, Illinois, 3800 Peterson Ave. 1933. – 288 pp. (POLÔNIA. – Manual da História da Pátria II Parte) p. 20, 38, 48, 51, 52,…

10 – HALECKI, O. HISTÓRIA DE POLÔNIA. Buenos Aires 1946. Editora Bezeta. 255 pp. (Vrsión Directa del Inglês por J. L. Izquierdo Hernandez) p. 158 ss.

19 – ANAIS DA COMUNIDADE BRASILEIRO-POLONESA. Superintendência das Comemorações do Centenário da Imigração Polonesa ao Paraná. Curitiba, PR., Rua Carlos de Carvalho, 575, 1970 a 1974. (7 Volumes)

1970, Vol. I e Vol. II.

1971, Vol. III, Vol. IV e Vol. V.

1972, Vol. VI.

1973, Vol. VII.

p. 16-27, 29-35 (Vol. I; p. 97-106 (Vol. II); p. 17-34, 82-103 (Vol. III); p. 23-24 (Vol. VII).

20 – WASTOWSKI, Mons. Pedro Protásio. INFORMAÇÕES SOBRE IMIGRANTES POLONESES ORIUNDOS DA REGIÃO SOB DOMÍNIO PRUSSIANO. Cf. Carta 15.09.1974. Arq. Inst. Hist. Capuchinhos. Cx P. 233. – 95.100 – Caxias do Sul, RS.

21 – ARQUIVO HISTÓRICO DO RIO GRANDE DO SUL. Porto Alegre, Rua André Puente, 318. – COLÔNIA CONDE D’EU, Linha Azevedo Castro I secção, Livro 511, 1877. – MAPA ESTATÍSTICO DA POPULAÇÃO COM A INDICAÇÃO DOS LOTES OCUPADOS E DEMONSTRAÇÃO DO DÉBITO DOS COLONOS À FAZENDA NACIONAL (01.01.1884, Colônia Conde D’Eu, Linha Azevedo Castro, I Secção, Fls. 50 – 105).

 

FONTES:

Stawinski, Alberto Victor. Primórdios da Imigração Polonesa no Rio Grande do Sul (1875-1975). Porto Alegre, Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes; Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, 1976.

Wachowicz, Romão 1907

Homens da Terra/Romão Wachowicz, tradução de Francisco Dranka. Terceira edição, Curitiba, Vicentina, 1997, 337 p.

-Título Original em língua polonesa editado em Curitiba em 1962.

SZERSZENIE WRAJU

– Título da edição polonesa editado em Varsóvia em 1980.

POLSKIE KORZENIE

Goulart, Maria do Carmo Ramos Krieger. “Imigração Polonesa nas Colônias Itajahy e Principe Dom Pedro”: Uma contribuição ao estudo da imigração polonesa no Brasil Meridional. – Blumenau: Fundação “Casa Dr. Blumenau”, 1984.

 

IMAGENS:

Fonte: http://www.wykop.pl/link/1489701/woz-drzymaly/

Fonte: http://blogmedia24.pl/node/57580

Fonte: https://pl.wikipedia.org/wiki/Micha%C5%82_Drzyma%C5%82ª

 

(*) Nota de Danusia Walesko

 

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS – Parte 1

AO ENCONTRO DOS MEUS ANCESTRAIS

Parte 1

 

De repente tomo consciência que nada ou muito pouco sei daqueles cuja existência tornou possível a minha existência. Muitas de nossas habilidades, maneirismos e aspectos físicos, bem como nossos valores, nos foram transmitidos por nossos ancestrais. Mas quem foram eles? Durante meses me coloquei em busca de seus nomes e história. Após ouvir inúmeros relatos dos mais velhos e folhear documentos governamentais, livros de nascimentos, casamentos e óbitos cheguei a algumas informações.

– Francisco Kulig (filho) era um homem empreendedor, muito correto, e jamais colocou uma gota de álcool na boca. Seguiu pela vida sempre acompanhado de sua bíblia.

– Hedvige Macioszek – starka Kuliska foi costureira e muito curiosa. Sofreu um grave acidente que lhe custou a perda de uma perna.

– Paulo Kulig foi construtor, musico e festeiro.

– Maria Skora foi uma boa samaritana. Mas muito firme e enérgica com os filhos.

– Roque Waleczko foi muito bonzinho e fabricante de barricas.

– Maria Kania- Rochuska era muito generosa com a igreja, mas geniosa e ruim. …

Dos demais apenas seus nomes. De alguns ainda data de nascimento, casamento e/ou óbito. Mas com o quê foi possível conhecer até o momento montei minha árvore genealógica que segue.

Download do PDF em alta resolução:

 

arvore-genealogica-danusia-walesko

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

A PRIMEIRA IGREJA NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – 06/01/1877

O presidente de província Adolpho Lamenha Lins esforçou-se logo de inicio em dotar a colônia de uma capela para o cultuo religioso dos colonos. Assim no próprio ano de fundação destinou um terreno de 76.681 metros quadrados e nele autorizou a construção de uma capela. Em seu relatório governamental de 1877 p. 84 e 85 assim descreve:

primeira-igreja-do-santa-candida

Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida benzida e inaugurada no dia 06/01/1877.

“Ultimamente terminou-se a construcção da capella que já foi entregue ao culto. É um edifício elegante, bem construído e está bem ornado e servido de paramentos, importando a despeza total em 6:397$000 (seis contos, trezentos e noventa e sete mil réis).”

Padre João Wislinski, em seu livro de crônicas, dá maiores detalhes dessa primeira igreja de Santa Cândida.

“… Era um quadrilátero de pedra até as janelas e depois de tijolos até a cobertura. Os tijolos procediam da Olaria Strese do Bacacheri, onde atualmente possui a Olaria Silvio Colle. O Sr. Strese era alemão católico. Os tijolos de sua Olaria eram muito bons, que hoje é difícil encontrar. No ano de 1910, do tempo do Pe. Leon Niebieszczanski, foi construído o presbitério em estilo gótico e duas pequenas sacristias. Anteriormente foi acrescentado na frente “babiniec” (lugar para as mães com nenês), de sorte que o comprimento de toda a Igreja tem 27 metros e a largura 6,40 metros. Não havia torre, somente ao lado campanário de madeira com dois sinos e sineta (“sygnaturka”).

Esta primeira Igreja de Santa Cândida tinha três altares, o principal de estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida, …  e dois altares laterais nos quais estavam uma pequena imagem do Sagrado Coração de Jesus e de Nossa Senhora do Rosário.”

A capela foi solenemente benzida e inaugurada no dia dos santos reis (6 de janeiro) de 1877, com uma procissão que partiu de Curitiba, com cerca de 2.000 fieis, inclusive o próprio presidente da província, conduzindo uma imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada que fora pelo imperador D. Pedro II e adquirida em Lisboa.

altar-santa

à esquerda: Imagem de Santa Cândida de 80 cm de altura, doada pelo imperador D. Pedro II, adquirida em Lisboa e entregue a colônia Santa Cândida em 06/01/1877. À Direita: Altar principal em estilo imperial com a imagem de madeira 80 cm de altura de Santa Cândida da primeira igreja da colônia que foi transferido para a segunda igreja.

O jornal governista, Dezenove de Dezembro, assim registrou o translado da imagem de Santa Cândida da matriz de Curitiba para a respectiva colônia.

“… os colonos dos arredores da capital em numero superior a dois mil, seguidos de uma multidão de fieis desta cidade, formaram a procissão que desfilou pela estrada da Graciosa até a bella colina onde está construída a elegante capella da colônia. A colônia Argelina (leia-se Santa Cândida) empavesou-se com arcos de folhagens, onde se liam inscrições relativas … uma comissão de meninas vestidas de branco, em nome da infância a quem S. Ex. (Lamenha Lins) fornece com tanta liberalidade o pabulo da instrução, depoz nas mãos do benemérito presidente singela e muito significativa manifestação. Os colonos de Argelina (leia-se Santa Cândida) fizeram-se representar por sua vez perante S. Ex. exprimindo-lhe a satisfação que experimentam diante dos progressos da colonização …. O povo aglomerado na collina, onde foi edificada a capella, oferecia aos que chegavam um imponente espetáculo. … Os distintos encarregados do alojamento dos imigrantes, e agente da colonização as suas expensas distribuíram pão e carne entre os colonos, que compareceram a festa.”

 

E assim passou o tempo e a capela foi servindo a seu propósito quando em 1929 o padre Paulo Warkocz iniciou a construção da nova Igreja.  Pe. Paulo foi transferido para Irati em janeiro 1931 e coube ao Pe. João Wislinski que assumiu a paróquia em dezembro de 1931 concluí-la. Há duras penas, com diversas paralisações, por falta de dinheiro, a nova igreja foi concluída e em maio de 1936 nela foi rezada a primeira missa.

 

Então no dia 19 de fevereiro de 1940 procedeu-se a demolição dessa primeira igreja da colônia. A respeito dessa demolição Pe. Wislinski assim escreve em suas crônicas:

“Como a antiga Igreja estava em outro lugar, do outro lado da estrada, poderia ter sido conservada, pois, a construção era muito sólida. Poderia servir como residência paroquial. Infelizmente, somente 2 metros de distância, foi erguida a nova imponente Igreja, de tal sorte que, ficou entre a nova Igreja e o Cemitério paroquial. Tinha que sucumbir à demolição. O povo, principalmente os idosos e adultos lamentavam, quando começaram demolir as paredes da “velhinha”. Não é de admirar, pois, elas eram tão antigas como a estadia deles em Santa Cândida. Foi nela que eles contraíram matrimônio, batizaram os seus filhos, dela conduziam os primeiros colonos pioneiros, os seus familiares, para o descanso eterno no Cemitério ao lado. Foi nela que ouviam a Palavra de Deus, purificavam-se dos pecados, alimentavam a alma com as orações e a Sagrada Comunhão. Foi lá que eles hauriam força e coragem nos momentos difíceis, sobretudo nos primórdios na Terra Brasileira. – O que fazer! Assim é na vida dos homens, os idosos deixam lugar aos novos; amada e venerável, a primeira Igreja católica em Santa Cândida desceu ao sepulcro, fazendo lugar para a sua nova e suntuosa sucessora, … cabendo a esse padre o triste dever de pôr no sepulcro esta primeira Igreja de Santa Cândida na colônia de Santa Cândida.”

 

Pe. João Wislinski ainda relata:

 

Os trabalhos (de demolição) foram conduzidos pelo Sr. Matias Walecko, em substituição ao mestre de obras José Kowalczyk de Curitiba. Tudo levou um mês de trabalhos diários, terminaram na quarta-feira Santa, 21 de março. Ajudaram cerca de 100 famílias voluntárias. Os meninos de 12 a 15 anos ajudaram muito na limpeza dos tijolos e carregamento de entulhos. As despesas da demolição se elevaram a 768$500 (setecentos e sessenta e oito mil, quinhentos contos de réis): Matias Walecko, 24 dias …291$000; Francisco Walecko, 24 dias, 200$000; José Kulik, 25 dias, 222$000; Inácio Otto, 11 dias, 55$000.

igreja-antiga-e-nova-santa-candida-lateral

Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

igreja-antiga-e-nova-santa-candida-frente

Primeira Igreja da Colônia Santa Cândida sendo demolida em fevereiro de 1940.

Da antiga Igreja, foram recuperados 34 mil tijolos em bom estado e 5 mil de meio tijolo. Além disso, 70 m3 de pedra e 32 m3 de areia. Tudo isso serviu para a construção dos muros ao redor da Igreja e ampliação do cemitério. A venda das telhas e da madeira da antiga Igreja rendeu 1.028$300 (hum conto, 28 mil e trezentos réis).”

 

FONTE:

PARANÁ. Relatório do presidente Adolpho Lamenha Lins … 1877, p. 84-85.

FEDALTO. Pe. Pedro. A Arquidiocese de Curitiba na sua história. Curitiba, 1958, s/ed. p. 117.

DEZENOVE DE DEZEMBRO. Curitiba, 10 jan. 1877.

WISLINSKI.  Pe. João. CRÔNICA DA PARÓQUIA DE SANTA CÂNDIDA – PARANÁ E DA CASA DOS PADRES da MISSÂO DO ANO DE 1932 – 1945. Tradução livre feita pelo Pe. Lourenço Biernaski, CM. Curitiba, 10 de dezembro de 2012.

Siołkowice em fotos

Siołkowice em fotos - Centro

Siołkowice vista aérea

Siolkowice002b

Igreja de Stare Siołkowice construída em 1830, no lugar da antiga igreja destruída no incêndio de 1822. Nessa igreja foram celebrados casamentos e batizados de alguns dos nossos ancestrais. A igreja é dedicada a São João Batista e a São Miguel Arcanjo. Josef Psykala trabalhou como mestre de obras na construção dela. A colônia Santa Cândida recebeu Franz Psykalla, a esposa Margaretha Purkot e filhos que se estabeleceram no lote de nº 3.

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola

Siołkowice – Escola - Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

Siołkowice – Escola – Placa em homenagem aos imigrantes que saíram de Siołkowice e se estabeleceram no Brasil.

 

Kościół 1830 r.  – interior da igreja em 1830

Kościół 1830 r. – interior da igreja em 1830

 

Kościół 1934 r.  – interior da igreja em 1934

Kościół 1934 r. – interior da igreja em 1934

Kościół 1966 r.  – interior da igreja em 1966

Kościół 1966 r. – interior da igreja em 1966

Kościół 2012 r.  – interior da igreja em 2012

Kościół 2012 r. – interior da igreja em 2012

 

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual,  Friedrich Bernhard Werner  retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Fonte: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto
Lata 1750-1800, Kościół w Chróścicach i Starych Siołkowicach według rysynku Friedricha Bernharda Wernhera z jego dzieła Silesia in Compendio seu Topographia
Desenho executado entre 1750 a 1800 , no qual, Friedrich Bernhard Werner retrata a Igreja na Chróścicach e Old Siołkowicach . Essa obra faz parte de um acervo de mais de 3000 páginas e 1400 desenhos onde ele retrata paisagens Silésianas. No verão do ano de 1822 essa igreja foi totalmente destruída por um incêndio e no local foi reerguido a atual igreja de Stare Siołkowice.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1910 r.

Siołkowice Stare 1930 r.  Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Siołkowice Stare 1930 r. Fotos de 1930 Siołkowice Stare.

Kościół i Szkoła - Igreja e escola

Kościół i Szkoła – Igreja e escola

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach - Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

Drewniane stodoły w St. Siołkowicach – Celeiro de madeira em St. Siołkowicach

 

Casa em Siołkowice

Casa em Siołkowice

Siolkowice005

Casa em Siołkowice

Siolkowice006

Casa em Siołkowice

 

 

Fontes:

Edward Piróg morador de Stare Siołkowice que enviou algumas das imagens.

Felippe Skora (falecido) fotografou o lugar quando o visitou em uma de suas viagens.

Internet: http://staresiolkowice.pl/kim-byl-autor-rysunku-z-xviii-wieku/#!prettyPhoto

 

 

 

DE ONDE VIERAM OS COLONOS POLACOS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA?

DE ONDE VIERAM OS COLONOS POLACOS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA, CURITIBA, PARANÁ, BRASIL?

 

Tendo como base o trabalho realizado por Helena Kokot Józef Moczko – http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/ – e confrontando as lista apresentadas por eles com o levantamento estatístico da colônia Santa Cândida de 1.887, o livro de conta corrente nº 837 do governo paranaense e a lista de alunos de 1877 da primeira escola da colônia podemos encontrar o local de origem de vária famílias que se instalaram na colônia Santa Cândida.

 

Lista osób (rodzin) z Siołkowic i okolicy, które w czerwcu i lipcu 1875 r. złożyły wniosek o zwolnienie z pruskiego obywatelstwa, zamierzających wyemigrować do Brazylii.

Lista de pessoas (famílias) de Siołkowice e arredores, que em junho e julho de 1875. apresentaram um pedido de isenção da cidadania prussiana, desejando emigrar para o Brasil.

 

Ze starych Siołkowic:

Data urodzenia

Destino

Komornik Albert Soppa

żona Maria z/d Psykalla

dzieci:  Andreas

            Brigitta

            Hedwig

            Marie

14.04.1928 r.

24.03.1842 r.

15.04.1863 r.

25.02.1865 r.

05.10.1870 r.

05.10.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 32

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Aleksander Kulig

żona Julianna z/d Kampa

dzieci:  Margaretha

            Laurentius

            Josef

28.02.1844 r.

28.02.1831 r.

16.06.1858 r.

08.08.1869 r.

27.08.1871 r.

Colônia Santa Cândida Lote 66

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Gregor Skora

żona Paulina z/d Skroch

dzieci:  Valentin

11.03.1840 r.

27.04.1853 r.

09.02.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 5

Curitiba- Paraná – Brasil

½ rolnik Franz Kulig

żona Maria z/d Malek

dzieci:  Ignatz

            Carl

            Franz

            Joseph

            Rosalie

30.03.1840 r.

25.03.1841 r.

29.07.1864 r.

04.11.1868 r.

03.12.1870 r.

25.11.1872 r.

15.01.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 4

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Gregor Wosch

żona Margarethe z/d Milek

dzieci:  Theodor

            Peter

            Franz

15.10.1844 r.

12.07.1844 r.

08.09.1868 r.

15.10.1872 r.

10.10.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 16

Curitiba- Paraná – Brasil Lista de alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Jakob Kubis

żona Ursula z/d Kubis

dzieci:  Andreas

24.07.1848 r.

10.12.1844 r.

26.11.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 33

Curitiba- Paraná – Brasil

Kowal Matthias Gbur

żona Anna z/d Prodlo

dzieci:  Elisabeth

            Peter

            Julianna

            Franz

            Michael

            Marie

24.02.1825 r.

30.10.1835 r.

25.06.1861 r.

10.06.1864 r.

11.06.1866 r.

02.12.1868 r.

08.10.1870 r.

25.03.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 7 Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Kaspar Skroch

żona Josepha z/d Cebulla

dzieci:  Peter

01.01.1851 r.

17.03.1853 r.

25.04.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 1

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Johann Skroch

żona Maria z/d Rudek

dzieci:  Rochus

            Johann

30.08.1843 r.

23.06.1845 r.

13.08.1871 r.

26.08.1874 r.

Colônia Santa Cândida Lote 20Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Borcik

żona Franciska z/d Przybylla

dzieci:  Julianna

05.03.1840 r.

01.03.1845 r.

27.05.1869 r.

Colônia Santa Cândida Lote 8 Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Franz Psykalla

żona Margaretha z/d Purkot

dzieci:  Maria

            Rosalia

            Julianna

24.01.1834 r.

12.07.1837 r.

11.04.1864 r.

15.03.1868 r.

24.04.1871 r.

Colônia Santa Cândida Lote 3

Curitiba- Paraná – Brasil Lista de alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Wójcik

żona Clara z/d Wilczek

12.12.1856 r.

12.08.1852 r.

Colônia Santa Cândida Lote 36

Curitiba- Paraná – Brasil

Robotnik Urban Kachel

żona Rosalia Kociok

dzieci:  Peter

            Gregor

            Vinzenz

            Johann

            Marie

25.05.1832 r.

04.09.1842 r.

10.06.1864 r.

14.11.1866 r.

05.04.1869 r.

21.06.1871 r.

28.11.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 6

Curitiba- Paraná – Brasil

*Komornik Leopold Cebulla

żona Anna z/d Tomerla 23

13.11.1850 z Popielowa

Colônia Santa Cândida Lote 19

Curitiba- Paraná – Brasil

Chałupnik Miachael Waletzko

żona Hedwig z/d Skroch

dzieci:  Rochus

            Agnes

            Peter

30.09.1828 r.

14.10.1834 r.

12.08.1860 r.

19.01.1864 r.

4.09.1868 r.

Colônia Santa Cândida Lote 35

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Simon Prodlo

żona Hedwige Kampa

dzieci:  Andreas

12.12.1837 r.

18.11.1867 r.

Colônia Santa Cândida Lote 10

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Thomas Maciossek

żona Julianna z/d Waldyra

dzieci:  Joseph

            Carl

            Eelisabeth

            Anna

06.12.1832 r.

12.03.1836 r.

17.03.1861 r.

03.11.1864 r.

16.11.1872 r.

27.07.1873 r.

Colônia Santa Cândida Lote 9

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Vitus Mainka

żona Marie z/d Soppa

dzieci:  Franz

15.06.1844 r.

26.03.1848 r.

Colônia Santa Cândida Lote 34

Curitiba- Paraná – Brasil

Krawiec Lorenz Mainka

żona Johanna z/d Barcik

dzieci:  Franz

            Paul

08.08.1849 r.

16.05.1849 r.

19.09.1872 r.

22.01.1875 r.

Colônia Santa Cândida Lote 11

Curitiba- Paraná – Brasil

Komornik Blasius Stellmach *

żona Rosina z/d Krause

dzieci:  Pauline

            Rosalie

            Kasimir

            Margarethe

/adnotacja: „mimo wyraźnego ostrzeżenia”/

03.02.1825 r.

11.02.1832 r.

28.05.1860 r.

28.10.1865 r.

04.03.1869 r.

28.05.1974 r.

Colônia Santa Cândida Lote 37

Curitiba- Paraná – Brasil

Parobek Blasius Kolodziej

żona Julia z/d Dubiel

03.02.1845 r.

15.03.1852 r.

Colônia Santa Cândida Lote 13

Curitiba- Paraná – Brasil

Córka wycuźnika Franziska Skroch

10.10.1856 r.

Colônia Santa Cândida Lote 17 … * casou com Estevão Kachel

Curitiba- Paraná – Brasil

Lista osób, które nielegalnie zamierzały wyemigrować, sporządzona 13 – 19 kwietnia 1876 r. dla Naczelnika Gminy Siołkowice.

Lista de pessoas que emigraram ilegalmente, ou seja, não tirar passaporte e nem pediram permissão para as autoridades locais da época.

Z Siołkowic:

2. Komornik Thomas Maciossek – Colônia Santa Cândida – lote 9  Curitiba- Paraná – Brasil

3. Chałupnik Anton Wosch – Colônia Santa Cândida Lote 47 Curitiba- Paraná – Brasil

Livro de conta corrente 837; Lista dos alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877 – Pedro Wosch é o aluno matriculado na escola.

10. Komornik Albert Kania – Colônia Santa Cândida Lote 62 Curitiba- Paraná – Brasil. Aparentemente Albert Kania foi marido de Rozalia Kania, que aparece como viúva no levantamento estatístico de 1887.

 

Z Kolonii Siołkowice:

  1. 1. Chałupnik Bruno Macziossek – Colônia Santa Cândida – Lote 61 Curitiba- Paraná – Brasil

4. Kolonista Casper Spisla – Colônia Santa Cândida – Lote 44 Curitiba- Paraná – Brasil

Lista pasażerów statku parowego „Salier”, który płynął do Brazylijskiego portu Santa Catharina pod kapitanem Hesse, którą podał 1.04.1876 r. „Le Commihsaire Maritime – Com. Lauweny”.

Lista de passageiros do navio a vapor  “Salier”, que navegava para o Brasil, sob o comando do capitão Hesse.

Nr na liście

Nazwisko

Wiek

Skąd

Destino

8

Anton Wosch

36

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 47

Curitiba- Paraná – Brasil

Livro de conta corrente 837

Lista dos alunos da primeira escola da colônia Santa Cândida de 1877.

Pedro Wosch é o aluno matriculado na escola

9

Beata

40

jw.

10

Margaretha

20

jw.

11

Rosalia

18

jw.

12

Bartek

16

jw.

13

Tomec

13

jw.

14

Franziska

12

jw.

15

Peter

8

jw.

16

Michael

5

jw.

17

Anna

3

jw.

18

Marie

½

jw.

34

Matthias Kupka

42

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 60

Curitiba- Paraná – Brasil

35

Martha

39

jw.

36

Maria

½

jw.

48

Robert Kubis

26

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 53

Curitiba- Paraná – Brasil

49

Margaretha

26

jw.

50

Thomas

½

jw.

60

August Kampa

39

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 42

Curitiba- Paraná – Brasil

61

Ursula

43

jw.

62

Julianne

17

jw.

63

Marie

14

jw.

64

Franciska

8

jw.

65

Bartek

25

jw.

77

Bruno Maciossek

37

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 61

Curitiba- Paraná – Brasil

78

Julianne

34

jw.

79

Tomas

10

jw.

80

Michael

10

jw.

81

Gregor

8

jw.

82

Maria

6

jw.

83

Lucas

4

jw.

84

Hedwig

1

jw.

85

Peter Kubis

26

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 55

Curitiba- Paraná – Brasil

86

Theresia

26

jw.

87

Johann Klenk

24

jw.

Colônia Santa Cândida Lote 38

Curitiba- Paraná – Brasil

88

Eva

24

jw.

89

Marie

2

jw.

90

Josef

¼

jw.

112

Josef Scholz

63

Narok

Colônia Santa Cândida Lote 51

Curitiba- Paraná – Brasil

113

Catharina

61

jw.

126

Thomas Maciossek

32

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 9

Curitiba- Paraná – Brasil

127

Maria

24

jw.

128

Johann

1

jw.

194

Thomas Skroch

55

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 52

Curitiba- Paraná – Brasil

195

Theresia

54

jw.

196

Maria

23

jw.

197

Josef

12

jw.

198

Elisabeth

12

jw.

237

Lorenz Makiolka

36

Narok

Colônia Santa Cândida Lote 46

Curitiba- Paraná – Brasil

238

Rosalie

36

jw.

239

Rosalie

4

jw.

240

Lorenz

2 ½

jw.

269

Veronika Schweda

49

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 45

Curitiba- Paraná – Brasil

270

Urban

19

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 31

Curitiba- Paraná – Brasil

272

Simon Baldy

26

Popielów

Colônia Santa Cândida Lote 43

Curitiba- Paraná – Brasil

273

Agnes

32

jw.

274

Andreas

5

jw.

275

Marie

2

jw.

276

Michael

¾

jw.

291

Caspar Spisla

29

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 44

Curitiba- Paraná – Brasil

292

Margaretha

31

jw.

293

Franz

6

jw.

294

Pauline

4

jw.

295

Hedwig

2

jw.

296

Michael

½

jw.

438

Rosina Kania

36

Siołkowice

Colônia Santa Cândida Lote 62

Curitiba- Paraná – Brasil

439

Maria

13

jw.

440

Peter

11

jw.

441

Martha

3

jw.

442

Johann

½

jw.

443

Rosalie

60

jw.

 

Com essa comparação podemos comprovar que 37 lotes da Colônia Santa Cândida foram ocupados por famílias saídas de Siołkowice (33) – Popielów (2)  – Narok (1)Popielowa (1) –  Silésia – Polônia.

RESUMO DAS FAMÍLIAS QUE SE INSTALARAM NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA CUJA ORIGEM É Siołkowice, Narok, Popielów e Popielowa.

 

 

LOTE nº

Nome

Origem

DZIAŁKA nº

Imię

Skąd

1

Komornik Kaspar Skroch

Siołkowice

3

Chałupnik Franz Psykalla

4

½ rolnik Franz Kulig

5

Komornik Gregor Skora

6

Robotnik Urban Kachel

7

Kowal Matthias Gbur

8

Komornik Thomas Borcik

9

Komornik Thomas Maciossek

10

Komornik Simon Prodlo

11

Krawiec Lorenz Mainka

13

Parobek Blasius Kolodziej

16

Chałupnik Gregor Wosch

17

Córka wycuźnika Franziska Skroch

/ Estevão Kachel

20

Chałupnik Johann Skroch

32

Komornik Albert Soppa

33

Chałupnik Jakob Kubis

34

Komornik Vitus Mainka

35

Chałupnik Miachael Waletzko

36

Komornik Thomas Wójcik

37

Komornik Blasius Stellmach

38

Johann Klenk e família

42

August Kampa e família

43

Simon Baldy e família

44

Kolonista Casper Spisla

47

Chałupnik Anton Wosch

51

Josef Scholz e Catharina Scholz

52

Thomas Skroch e família

53

Robert Kubis e família

55

Peter Kubis e família

60

Matthias Kupka e família

61

Chałupnik Bruno Macziossek

62

Rosina Kania e família

66

Komornik Aleksander Kulig

46

Lorenz Makiolka e família

Narok

31

Urban Schweda

Popielów

45

Veronika Schweda

Popielów

19

*Komornik Leopold Cebulla

Popielowa

Siołkowice é uma aldeia no município de Popielów localizado a 20 km a noroeste de Opole. Uma das primeiras notícias desta vila encontra-se em um documento de 1223, na qual, ela está listada entre as aldeias pertencentes a um mosteiro… leia mais em http://staresiolkowice.pl/historia/.

 

FONTE:

Emigracja do Brazylii z Siołkowic, Popielowa i okolicy cz.1 http://staresiolkowice.pl/emigracja-do-brazylii-z-siolkowic-popielowa/

Estatística das Colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887. DEAP-PR, Códice 832, p. 89 – 110.

Livro de conta corrente nº 837, DEAP-PR.

Livro de Ofícios do Arquivo Público, AP 528, v.18, p.51 – Alunos da Colônia em 31/10/1877.

http://staresiolkowice.pl/lokalizacja/

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA – Texto Original em Polônes

DOM PEDRO II na Kandydzie i w Abranches

 

Stary Woś, zmarły przed laty, był najstarszym kolonistą na Kandydzie. Ile razy wspominał o przeszłości kolonii, tyle razy mawiał: Nigdy piękniejszego dnia nie zobaczę w mym źyciu ani w źyciu naszej kolonii, jak dzień 23 maja 1880 roku. W tym dni odwiedził nas ojciec narodu i narodow, cesarz Brazylii, D. Pedro II wraz z dostojną malżonką.

kalendarz-capa-primeira-pagina

Wielu ciekawych, którzy słyszeli gdy to mówił, zagadywali go zaraz i prosili by opowiedzial, jak odbyły cesarza na kolonii Kandydzie.

 

Stary, po krótkim namyśle, gdy westchnał, tak opowiadał:

 

Szczęśliwe oczy, które patrzały na to com widział. Dnia 21 maja, mniej więcej w pół do trzeciej, ujrzałem w niezliczonym tłumie na Alto da Glória wjeżdżaiącego w pięknej karecie cesarza z cesarzową. Okrzykom radości i  entuzjazmowi tłumu nie było miary. Wszystko co zyło, witało cesarza.

 

Wolni i niewolnicy, rodowici Brazylianie i nie dawno co przybyli obcokrajowcy, wydawali okrzyki powitania i cisnęli się do powozu najdostojniejszych gósci, by zobaczyć ukochane twarze monarchy i monarchini, sławnych dobroci serc.

 

Władze, korporacje,towarzystwa zblizały sie do cesarza z cesarzową, którzy wysiadłszy z karety na praca 19 de Dezembro, szli pieszo do środka miasta. Wszyscy składali im hołdy poddaństwa i największego szacunku.

 

Ale najpiękniej wyglądala grupa 21  biało ubranych dziewcząt więcej niź połowa polskich, z których każda miała w ręku chorągiewkę z nazwą kolonii, wypisaną wielkimi literami. Wymachiwały radośnie chorągiewkami i witały parę cesarską. Były to kolonie: Tomás Coelho, Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nowa Tyrol, Murici, Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antonio Rebouças, Dona Augusta, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantas, São João Batista,Dr. Araujo i Santa Felicidade.

 

D. Pedro II znany był ze swej nadzwyczajnej prostoty w obejściu, co zjednywało mu wielkie przywiazanie u poddadanych.

 

Na trzeci dzień, dnia 23 maja przed południem przybył cesarz z cesarzową powozem w otoczeniu dostojników do Kandydy. Na Barro Alto wystawili mu koloniści piękną bramę powitalną z napisami głoszącymi radość lojalność do kraju i monarchy.

Napisy były bardzo piękne. Wykonał je Anglik Frederico Fowler, który miał wielki sklep na Bacacheri w spółce z Anglikiem Felipe Tade.

 

Przed bramą powitała cesarza pięknie uformowana piesza bandeira polska, złożona z samych kolonistów, którym przewodził Andrzej Walecki.

 

Walecki, chłop przystojny,weteran z trzech wojen pruskich, ubrany w zieloną kurtkę, w zielonym kapeluszu, bo w kraju był dozorcą pruskich wyszedł z szeregu i przyklęknąwszy na jedną nogę, chciał przemówić do cesarza.

 

Ale cesarz, który wysiadł był już z powozu, dał mu znak, by nie klękał i przystąpiwszy doń powieedział: Nie klękaj przede mną, gdyż jestem takim samym człowiekiem jak ty.

 

Wiem, że w Europie klękają przed królami i cesarzami, ale to bałwochwalstwo. przed nikim nie powinno się klękać, jeno przed Bogiem.

 

Dawszy mu taką naukę, spojrzał na jego błyszczące medale i krzyże i rzekł: Widzę, że dzielny rycerz z ciebie.

 

Na to Walecki ośmielony mową cesarza, wygłosił niedługą orację w języku niemiecki, gdyż cesarz rozumiał po niemiecku a Waleki portugalsku mówił słabo.

 

Po przywitaniu i oddaniu przez kolonistów hucznej salwy z dubeltówek i jednorurek, które nieśli na ramionach,cesarz wsiadł do powozu i cały orszak ruszył w pochód ku  Kandydzie.

 

Koloniści pod komendą Waleckiego szli w piękni e sformowanych szeregach po obu stronach powozu. Cesarz, władze i cała komitywa jechały wraz z maszerującymi.

 

Pięknie szli koloniści, drobnym paradnym krokiem, jakim maszerują żołniere w Europie w czasie wielkich uroczystości. Wyuczył ich dobrze Walecki.

 

Co sto metrów mniej więcej na dany znak przez Waleckiego podnosili głośne Viva o imperador, viva a imperatriz! Viva o Brasil! i dawali salwy najpierw z jednej lufy dubeltówek, zaraz potem z jednorurek a kończyli znów tęgimi strzałami z drugiej lufy dubeltówek.

 

Pięknie był słyszeć i patrzeć, gdy to czynili, czego dowodem, że cesarz zadowolony ich sprawnościa i porządkiem za każda salwą wychylał głowe z powozu i dziękował kolonistom za dowód miłości i uwielbienia.

 

Tak idąc doszli do małej kapliczki przed Kandydą, oddalonej od kościoła jakich 400 metrów. Tu czekała na monarchę piękna procesja z chorągwiami urządzona przez proboszcza parafii. Z procesją było mnóstwo ludu, prawie wszystko co żyło na kolonii.

 

Cesarz z cesarzową wysiedli znów z powozu i odebrawszy hołdy od duchownej władzy kolonii, ruszyli pieszo aż do samego kościoła. A Walecki, nabijając ciągle broń palną, nie przestawał wiwatować ze swoimi aż pod same mury kościoła.

 

Takiej parady nigdy jeszcze w Kurytybie nie było.

 

Po wysłuchaniu nabożeństwa w kościele zaprosili koloniści cesarza na chleb i sól do najzamożniejszego z nich, do Franciszka Wosia.

 

Woś przyjal cesarza i cesarzową, czym chata bogata. Postawił na stół bochen dobrze upieczonego żytniego hleba, solniczkę ze solą a przy nich tłuszcz ziemi, ękatą faseczkę świeżego masła i gomułkę odstałego tłustego sera.

 

Cesarz spojrzał po stole i uśmiechając się zasiadł, by spróbować darów ziemi na nowej polskiej kolonii.

Posmarował kromkę chleba masłem, nałożył serem i przekąsiwszy kilka razy, zwrócił się do obecnych,którzy patrzali nań jak w słońce i rzekł:

 

Anim się spodziewał, żeby były taksmaczne. Takiego chleba i masła nawet w Rio de Janeiro nie jadłem. A co za wyborny serek!

 

Ucieszony Woś skłonił się cesarzowi i zapytał czyby nie spróbował piwa jego domowego wyrobu.

 

A przynieś! – powiedział cesarz.

 

Gdy mu nałano szklankę, kosztował i pochwalił, że wcale nie złe. Poczy zajaał dalej żytni chleb z masłem i serem, aż w końcu poprosił o kieliszek “paraty”.

 

Paraty? Co to jest? spojrzeli koloniści po sobie nie wiedząc co by to było.

 

Wybawił ich z zakłopotania pewien dygnitarz z komitywy cesarskiej, który wytłumaczył im, że paraty jest to samo co cacha;a czy wódka z trzciny cukrowej.

 

Podano natychmiast kieliszek wódki, który cesarz wychylił po spożyciu chleba z masłem i z serem.

 

Dobrześie się już zagospodarzyli, moi koloniści, rzekł cesarz do kolonistów, odwracając się od stołu. Niejeden miejski człowiek, gdyby skosztował waszego chleba i masła, zazdrościłby wam bytu.

 

A potem zwróciwszy się do Wosia, gospodarza domu, poprosił go by mu pokazał plony zebrane zeziemi przezeń uprawianej.

 

Uradowany Woś poprowadził natychmiast cesarza do stodoły. Była to przestronna szopa pełna snopów żyta,gdzie też były kukurydza, fiżon i inne produkty rolne.

 

Cesarz stanał przy snopkach, wyjał jeden kłos e snopa i potarłszy go w gafści, wyłuskał pękne, ciemne ziarna żyta,

 

A jak wy to wydobywacie z kłosów. Macie do tego niaszyny? zapytał cesarz.

Bardzo łatwo, Wasza Cesarska Mość, odpowiedział Woś. Skinął na kolonistów i ci oczyścili w mig miejsce w szopie. Rzucili cztery snopy na podłogę, porwali za cepy i wywijając i bijąc cepami, w kilka minut wyłuszyli sporą miarkę zarna z kłosów.

 

Gdy skończyli podał Woś cesarzowi garść wymłóconego żyta.

 

Pięknie! – zawołal cesarz. Ale jak je oczyszczacie z plewy?

 

Na to wział Woś przetak, nabrał sporo żyta i stanąwszy w miejscu, gdzie był przewiew powietrza, podniósł przetak wysoko w górę i potrząsając nim pod wiatr opuszczał ziarna w dół.

Ziarna spadały w dół a pewy odlatywały na boki unoszone powiewem powietrza. Tak sprawnie to czynił, że po dwukrotnym przewianiu podał cesarzowi w przetaku ziarna oczyszczone z plewy.

Doskonale! – pochwalił cesarz. Widzę, że jesteście przemyślni i potraficie radzić sobie we wszystkim.

 

Potem cesary oglądał jesycye to i owo, wzpztzwał o różne ryecyz, ale że dostojnicz, któryz go otacyali, naglili do powrotu, grożąc, że yybliża się desycy i burya, pożegnał kolonistów i odjechał do Kurztyby.

kalendarz02

Odtąd koloniści na Kandzdyie stali się najlepsyzmi młockaryami w Paranie. Co ciekawsye, że nailepiej młócą kobietz i dyiewcyęta. Gdz na kolonii zbiorą żyto, chodzą po zamożniejsyzch gospodaryach we czwórkę i kontraktują młóckę i odwiewanie, które wzkonują z wielką zręcynością, syzbko i dokładnie.

 

Cesary odwiedyił też kolonię Abranches. Jechał z cesaryową powoyem pryz asyście licynzch dzgnitaryz aż do São Lourenço.

 

W São Lourenço cyekała nań procesja kościelna z księdyem proboszczem na czele i delegacja najwybitniejszych obywateli y okolicy, jako też hufiec biało ubranzch dyiewcząt z kwiatami w kosyykach.

 

Cesarz wysiadł y powoyu i po pryzwitaniu i odebraniu hołdu, syedł piesyo wray y cesaryową, aż do kościoła w Abranches. Pryey całą drogę dziewczęta sypały mu kwiaty pod nogi a dobry monarcha tak samo przez całą drogę, z koszów które niesiono obok niego, rzucał garściami miedż i srebro między tłumz.

 

W kosciele wysłuchał Mszy św poczym bzł na cbiedzie u proboszcza. Po obiedyie rozniawiał z kolonistami i wypytawszy ich o wiele ryeczy, pozegnał wszystkich i odjechał do Kurytyby.

 

Takie to były czasy i takim był sławny monarcha nasy Dom Pedro II. Tak kończył opowiadanie stary Włtos i dodawał, że dyiś wszystko sie yepsuło, dobre cyasy na świat nie wrócą.

PINIOR

FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

 

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

DOM PEDRO II NA COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

 

Em 1.880, a jovem província do Paraná, recebeu a visita de suas majestades, o imperador Dom Pedro II e a imperatriz Dona Theresa Christina. O motivo oficial da visita era o início dos trabalhos da estrada de ferro Curitiba-Paranaguá, presente do império à nascente província. Por outro lado, grande era o interesse pessoal do imperador para constatar “in loco” a situação em que se encontravam os “morigerados colonos polacos”, cuja fixação no Paraná ele próprio autorizara, em audiência mantida há apenas uma década, ao cognominado “pai da emigração polonesa ao Paraná” o agrimensor Sebastião Edmundo Woś Saporski.

d.Pedro-II-visita-Sta

Ilustração de Rogério Borges

 

Rafael Karman, sob o pseudônimo de PINIOR, publicou no “Kalendarz Ludu” de 1964, artigo sob o título de “Dom Pedro II em Cândida e Abranches”. Esse artigo foi escrito baseado no depoimento oral do velho colono Francisco Woś, participante dos acontecimentos.

Assim Pinior redigiu a história da visita do imperador a colônia Santa Cândida:

“Felizes os olhos que viram aquilo que eu vi. No dia 21 de maio, mais ou menos pelas duas e meia da tarde, divisei do meio de uma incalculável multidão no Alto da Glória, a chegada do imperador e da imperatriz, numa bela carruagem. Os gritos de entusiasmo da multidão não tinham limite. Tudo que era vivo saudava o imperador. Livres e escravos, brasileiros natos e imigrantes há pouco chegados, proporcionavam entusiásticos vivas de acolhimento ao mesmo tempo em que se acotovelavam para poder ver o rosto do monarca e da imperatriz, afamados por sua bondade de coração.

Dirigentes das instituições e das sociedades aproximavam do imperador e da imperatriz. Estes desceram de sua carruagem na Praça 19 de dezembro e foram a pé até o centro da cidade. Todos prestavam-lhes honras merecidas. Porém o grupo mais belo eram as 21 moças vestidas de branco, mais da metade polonesas, que seguravam em suas mãos cartazes com o nome de sua respectiva colônia, escrito em grandes letras. Agitavam entusiasticamente estas bandeirinhas e saudavam o casal imperial. Eram estas as colônias: Tomás Coelho. Lamenha, Riviere, Santo Inácio, Nova Tirol, Murici. Santa Cândida, Abranches, Orleans, Alfredo Chaves, Antônio Rebouças, Dom Augusto, Inspetor Carvalho, Venâncio, Zacarias, Argelina, Dom Pedro, Dantes, São João Batista, Dr. Araújo e Santa Felicidade.

No terceiro dia, i. é., a 23 de maio de 1880, o imperador foi satisfazer sua curiosidade e constatar como viviam os colonos polacos radicados no rocio de Curitiba. Para tanto foi visitar a colônia Santa Cândida. No Bairro Alto, os colonos ergueram-lhes um belo arco, com dizeres alusivos ao país e ao monarca, de acordo com velhos e tradicionais costumes polacos. Os dizeres foram confeccionados pelo inglês Frederico Fowler, o qual possuía uma grande casa comercial no Bacacheri, em sociedade com outro inglês, Felipe Tade.

 

Defronte ao arco, o imperador foi saudado por uma formação bem organizada de camponeses, portando a bandeira polonesa. A recepção foi organizada por André Walecki, um digno camponês, veterano de três guerras prussianas. Estava o mesmo vestido com seu vistoso uniforme e um quepe verde, porque no país era inspetor nas florestas prussianas. Apresentava grande número de medalhas e condecorações no peito. Destacou-se dos demais e ajoelhando-se em uma das pernas, quis dialogar com o imperador. Porém este, que já havia descido do veículo, fez sinal para que não ficasse ajoelhado e aproximando-se, disse:

– Não se ajoelhe diante de mim, pois sou uma pessoa como você. Sei que na Europa é costume ajoelharem diante dos reis e imperadores, mas isto é idolatria. Não se deve ajoelhar perante ninguém, a não ser perante Deus.

Depois desta verdadeira aula, olhou para as suas reluzentes condecorações e disse:

– Vejo que é um brilhante cavaleiro.

Diante disso, Walecki, animado com as palavras do imperador, proferiu breves palavras de saudação em língua alemã, pois o imperador entendia a mesma e Walecki ainda não dominava suficientemente o português.

Em seguida os colonos proferiram vivas, detonando tiros de espingardas, as quais eram portadas nos ombros. O imperador retomou a carruagem e o cortejo movimentou-se em direção a Santa Cândida. Os colonos, comandados por Walecki escoltavam dos dois lados a carruagem. O imperador, os acompanhantes e toda a comitiva deslocavam-se junto com os colonos. Estes desenvolviam uma marcha rápida, harmônica como dos soldados na Europa, por ocasião dos grandes acontecimentos. Os colonos foram muito bem treinados por Walecki. Cada cem metros mais ou menos, a dado sinal, os colonos levantavam sonantes vivas:

 

– Viva o imperador, viva a Imperatriz! Viva o Brasil!

 

Em seguida davam salvas, inicialmente de um dos canos das armas duplas, em seguida das armas de um cano só e finalizavam com sonantes estampidos do outro cano das armas de cano duplo. Era belo ouvir e ver. Os colonos esmeravam-se e o imperador, satisfeito com a ordem da manifestação, inclinava a cabeça para fora da carruagem, após cada salva, e agradecia aos colonos a demonstração de carinho e veneração.

Desta maneira, chegaram até a pequena capela antes de Santa Cândida, afastada da igreja uns 400 metros. Neste local uma bela procissão aguardava o monarca com bandeirolas preparadas pelo vigário. Na procissão encontrava-se uma multidão de pessoas, praticamente todos os habitantes da colônia.

O imperador e a imperatriz desceram novamente da carruagem e receberam as honras do diretor espiritual da colônia. Em seguida, foram a pé até a igreja. Os vivas com as armas de fogo não cessavam de saudar os visitantes até a entrada da igreja. Tal parada nunca houvera até então, em Curitiba.

Após ouvirem a Santa Missa, os colonos convidaram o casal imperial para o pão e o sal, tradicional costume polonês para recepção de figuras ilustres e sinal de hospitalidade. A casa escolhida foi a do colono Francisco Woś. Este recepcionou o imperador e a imperatriz “tanto quanto a casa é rica”. Serviu à mesa broa de centeio bem preparada e assada, saleira com sal juntamente com banha da terra, manteigueira repleta de manteiga fresca e queijo feito de leite gordo.

O imperador olhou para a mesa e sorrindo assentou-se, a fim de experimentar as dádivas da terra, na nova colônia formada por polacos. Passou a manteiga num pedaço de pão cobriu-a com um pedaço de queijo e mastigando várias vezes, olhava para aqueles colonos que o contemplavam como se fosse o sol. Disse então:

– Não imaginava que fosse tão bom. Tal pão e manteiga nem no Rio de Janeiro comi e que queijo gostoso!

Motivado por tal atitude do imperador o anfitrião Woś curvou-se e perguntou se o imperador gostaria de experimentar da cerveja de sua própria fabricação.

– Traga – respondeu o imperador. Quando lhe encheram o copo, experimentou e elogiou-a, dizendo que não era má. Depois continuou comendo a broa de centeio com manteiga e queijo e finalmente pediu um cálice de parati.

– Parati? O que é isto?

Os colonos olharam-se, não sabendo do que se tratava até que um membro da comitiva imperial esclareceu que paraty era a mesma coisa que aguardente de cana-de-açúcar.  Foi então oferecido ao imperador um cálice de aguardente.

– Vocês já estão muito bem instalados meus caros colonos, disse-Ihes o imperador, afastando-se da mesa. Muitas pessoas da cidade, se experimentassem o vosso pão e manteiga haveriam de invejar-vos.

Em seguida solicitou o imperador ao anfitrião Woś, que lhe mostrasse os produtos plantados e colhidos por ele. Woś conduziu o imperador até o paiol mostrando-lhe feixes de centeio, espigas de milho, feijão e outros produtos agrícolas. O imperador parou diante dos feixes de centeio, tirou com as mãos uma espiga de um feixe e esfregou-a com as palmas das mãos, debulhando belos e escuros grãos de centeio. Perguntou o imperador:

– Como vocês os extraem das espigas? Possuem para isso alguma máquina?

– Muito fácil, majestade, respondeu Woś.

Fez sinal para os colonos e estes limparam num relance um lugar no paiol, jogaram quatro feixes no assoalho, pegando nos manguais e com evoluções e batidas rítmicas em poucos minutos separaram uma boa quantidade de grãos das espigas. Quando terminaram, o anfitrião apresentou um punhado de centeio malhado ao imperador.

– Maravilhoso. disse o imperador, mas como vocês limpam o debulho?

Diante disso, Woś tomou uma peneira. Encheu-a de debulho de centeio, deslocando-se para um lugar onde havia corrente de ar. Levantando a peneira para o alto e para baixo, em movimentos rápidos e alternados, fez com que o vento levasse a sujeira para fora da peneira, enquanto os grãos caiam novamente na mesma. Com tanta eficiência fez isto, que com alguns desses movimentos apresentou ao imperador na peneira os grãos limpos do debulho.

– Perfeito — elogiou o imperador. Vejo que vocês são engenhosos e sabem resolver seus problemas.

Em seguida o imperador ainda se interessou por outras coisas, fazendo uma série de perguntas, quando os seus assessores o chamavam para a volta, argumentando que se aproximava uma tempestade. Despediu-se então o imperador dos colonos e retornou a Curitiba.”

 

Em Santa Cândida os colonos tornaram-se os melhores malhadores do Paraná. É interessantes que os melhores malhadores são as mulheres e moças. Quando na colônia recolhia-se o centeio para os celeiros, estas iam em grupos de quatro procurar os proprietários, geralmente os mais abastados, e contratavam a malhação e a limpeza do centeio.

TRADUTOR: NÃO IDENTIFICADO NOS TEXTOS EXAMINADOS.

 

 

FONTE:

PINIOR. Dom Pedro II, na Kandydzie  i w Abranches. Kalendarz Ludu. Curitiba, 1964, p. 84 a 88.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XIII. Curitiba, 1971, p. 74 a 81.

BOLETIM do Instituto Histórico, Geográfico e Etnográfco Paranaense. Volume XXVII. Curitiba, 1975.

BOLETIM.  Informativo da Casa Romário Martins. Santa Cândida, pioneira da colonização linista. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, ano 2, n. 16, dez. 1975.

 

 

Imigração e Desenvolvimento da Família Spisla – Por Marcos Spisila

Resumo – Este artigo apresenta uma síntese dos eventos ocorridos na região da Silésia e que
culminaram na emigração, de uma parcela de sua população, para as terras brasileiras; os
sobrenomes existentes na época, seus significados e pronúncias, os quais foram herdados e são
utilizados, até hoje, pelos descendentes brasileiros; a língua falada pelos silesianos e que permanece
viva na memória de alguns moradores. O artigo faz menção da atual localização geográfica da região
de origem de muitas famílias do bairro de Santa Cândida e também cita as dificuldades e esperanças
depositadas na nova terra e finaliza levantando a árvore genealógica da família Spisla, uma dentre
tantas, que vieram atrás de novas oportunidades, em uma terra totalmente desconhecida.

Para download do artigo completo clique no botão Download. 

 

 

 

12 anos após a constituição da colônia Santa Cândida – Levantamento estatístico

 

Em dezembro 1.887 foi elaborado um levantamento estatístico das colônias da Província do Paraná através do qual é possível conhecer as famílias ocupantes dos lotes da então colônia Santa Cândida. O levantamento está incompleto, pois tenho em vista as dificuldades de locomoção e alimentação da época nem todos os lotes foram visitados.

Caso tenham interesse, faça o download dos arquivos originais. 

 

LOTE N. 1 – FAMÍLIA SKROCH – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                                         

Gasparo Skroch               chefe          36            casado        polaca

Sophia                               mulher       35            casada        polaca

Pedro                                 filho            13            solteiro        polaca

Clara                                  filha            11            solteira        polaca

Heduvirges                       filha            7               solteira        brasileira

Joao                                   filho            8               solteiro        brasileira

Maria                                  filha            5               solteira        brasileira

 

 

LOTE N. 2 – FAMÍLIA OTTO – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                                         

Stephan Otto                    chefe          25                 casado       polaca

Julianna                            mulher       22                 casada       polaca

Ignaz                                  filho            15meses     solteiro       brasileira

 

 

LOTE N. 3 – FAMÍLIA BYKOLA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Margarita Bykola              chefe          50            viúva            polaca

Julianna                            filha            16            solteira        polaca

Joao                                   filho            12            solteiro        brasileira

Anastacia                          filha            10            solteiro        brasileira

 

 

LOTE N. 4 – FAMÍLIA KULIG – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Franz Kulig                       chefe          48            casado        polaca

Maria                                  mulher       45            casada        polaca

Ignacio                              filho            23            solteiro        polaca

Franz                                 filho            17            solteiro        polaca

Urbano                              filho            14            solteiro        polaca

Catharina                          filha            9               solteira        brasileira

Juliana                              filha            7               solteira        brasileira

Agneska                            filha            5               solteira        brasileira

Josepha                            filha            2               solteira        brasileira

LOTE N. 5 – FAMÍLIA SKORA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Gregorio Skora                 chefe          38               casado      polaca

Christina                           mulher       34               casada      polaca

Valentim                            filho            13               solteiro      polaca

Francisco                          filho            11               solteiro      brasileira

Joao                                   filho                9                 solteiro      brasileira

Bernardo                           filho                5                 solteiro      brasileira

Elisabnsna                       filha            4                 solteira      brasileira

Thecha                              filha            3 meses      solteira      brasileira

 

LOTE N. 6 – FAMÍLIA KACHEL  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875. 

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Urbano Kachel                chefe          55            casado        polaca

Rosalia                              mulher       45            casada        polaca

Pedro                                 filho            23            solteiro        polaca

Gregorio                            filho            20            solteiro        polaca

      filho            18            solteiro        polaca

João                                   filho            16            solteiro        polaca

Maria                                  filha            9               solteira        brasileira

Paulo                                 filho            4               solteiro        brasileira

               filho            2               solteiro        brasileira

 

LOTE N. 7  – FAMÍLIA GBUR – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Mathias Gbur                   chefe          64            casada        polaca

Anna                                  mulher       56            casada        polaca

Franz                                 filho            19            solteiro        polaca

Miguel                               filho            17            solteiro        polaca

Maria                                  filha            14            solteiro        polaca

LOTE N. 8  – FAMÍLIA BARICK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Thomaz Barick                             chefe          47            casado        polaca

Francisca                                      mulher       42            casada        polaca

Inhamnia                                      filho            19            solteiro        polaca

Anna                                              filha            9              solteira        brasileira

    filho            6              solteiro        brasileira

Bogne                                            filho            2              solteiro        brasileira

LOTE N. 9  – FAMÍLIA MACIOSZEK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Thomaz Macioszek         chefe          55            casado        polaca

Juliana                              mulher       51            casada        polaca

Elizabetha                        filha            16            solteira        polaca

Paulina                             filha            9               solteira        brasileira

 

 

LOTE N. 10  – FAMÍLIA PRODLO – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Simao Prodlo                   chefe          50            casado        polaca

         mulher       54            casada        polaca

Andreas                            filha            20            solteira        polaca

LOTE N. 11  – FAMÍLIA MANKA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Lourenço Manka             chefe          38            casado        polaca

Joanna                              mulher       38            casada        polaca

Francisco                          filho            15            solteiro        polaca

Thomaz                             filho                7               solteiro        brasileira

Maria                                  Filha              5               solteira        brasileira

Eva                                     Filha              3               solteira        brasileira

Julia                                   Filha              ?               solteira        brasileira

LOTE N. 12  – FAMÍLIA WALDERA  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose Waldera                   chefe          26            casado        polaca

Maria                                  mulher       23            casada        polaca

Peter                                  filho            2               solteiro        brasileira

Maria                                  filha            4 meses  solteiro        brasileira

Gregório                            pai              76            casado        polaca

Julianna                            mãe            64            casada        polaca

 

 

LOTE N. 13  – FAMÍLIA KOLODREGJ – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Braz Kolodrej                                  chefe       39                casado     polaca

Julianna                                          mulher     36                casado     polaca

Joao                                                 filho          8                   solteiro     brasileira

Sophia                                             filha          6                   solteiro       brasileira

Rozalia                                            filha          11                solteiro       brasileira

Peter                                                filho          18 meses      solteiro       brasileira

LOTE N. 14 – não consta

 

 

LOTE N. 15  – FAMÍLIA PRUDLINK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM  FEVEREIRO DE 1885.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Augusto Prudlink            chefe          24            casado        polaca

Sophia                               mulher       20            casada        polaca

Gasparo                            filho            1               solteiro        brasileiro

 

 

LOTE N.16 – não consta

 

 

LOTE N. 17 – FAMÍLIA KACHEL – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Estevão kachel                chefe          39            casado        polaca

Francisca                          mulher       30            casada        polaca

Sophia                               filha            9               solteira        brasileira

Valentim                            filho            6               solteiro        brasileira

Thecla                               filha            4               solteira        brasileira

 

 

LOTE N. 18 – FAMÍLIA CRAJA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Joao Craja                              chefe           38            casado             polaca

Heduwirges                           mulher         35            casado             polaca

Maria                                       filha             14            solteira             polaca

Anastacia                               filha             4              solteira             brasileira

      mãe              60            viúva                polaca

 

 

LOTE N. 19 – FAMÍLIA CZEBULA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Leopoldo Czebula           chefe          37            casado        polca

Anna                                  mulher       35            casada        polaca

Alberto                               filho            10            solteiro        brasileira

Heduvirges                       filha            8               solteira        brasileira

Joao                                   filho            6               solteiro        brasileira

 

 

LOTE N. 20  – FAMÍLIA SKROCH– CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Joao Skroch                       chefe          45               casado      polaca

Maria                                    mulher       42               casada      polaca

    filho            17               solteiro      polaca

Joao                                     filho            14               solteiro        brasileira

Francisco                            filho            9                 solteiro        brasileira

Francisca                            filha            8                 solteiro        brasileira

Stephano                            filho            6                 solteiro        brasileira

Pedro                                   filho            3 meses       solteiro        brasileira

 

 

LOTE N. 21– não consta

 

 

LOTE N. 22  – FAMÍLIA BARUVIH – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose Baruvih                         chefe          26            casada        polaca

Suzanna                                mulher       26            casada        polaca

    filho            5              solteiro        brasileira

Joao                                        filho            4              solteiro           brasileira

                  filho            1              solteiro           brasileira

Marianna                                mãe            56            viúva            polaca

 

 

LOTE N. 23  – FAMÍLIA SPRADA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose  Sprada                    chefe          53            casado        polaca

Anna                                  mulher       46            casada        polaca

Luiz                                    filho            25            solteiro        polaca

Anastacia                          filha            16            solteira        polaca

Helena                              filha            13            solteira        brasileira

Theophilo                         filho            9               solteiro        brasileira

Leocadia                           filha            6               solteira        brasileira

 

 

LOTE N. 24– não consta

 

 

LOTE N. 25  – FAMÍLIA PATZKE – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Julio Patzke                      chefe          51            casado        alemã

Josepha                            mulher       45            casada        alemã

Paulo                                 filho            19            solteiro        alemã

Otto                                    filho                17            solteiro        alemã

Julio                                   filho                15            solteiro        alemã

     filho                12            solteiro        brasileira

Anna                                  filha                10            solteira        brasileira

Bertha                                filha                7               solteira           brasileira

Maks                                  filho                3               solteiro           brasileira

 

 

LOTE N. 26– não consta

 

 

LOTE N. 27  – FAMÍLIA ULOSTH – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA

EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Bartholomeu Ulosth        chefe          27            casado        polaca

Agneska                            mulher       24            casado        polaca

Maria                                  filha            6               solteira        brasileira

Elisabetha                        filha            4               solteira        brasileira

Jose                                   filho            2               solteiro        brasileira

 

 

LOTE N. 28  – FAMÍLIA NADOLNY – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose Nadolny                   chefe          38            casado        polaca

Francisca                          mulher       35            casada        polaca

Anna                                  filha            12            solteira        polaca

Maria                                  filha            10            solteira           brasileira

Theophila                         filha            6               solteira           brasileira

Paulo                                 filho            3               solteiro           brasileira

Joanna                              filha            1               solteira           brasileira

LOTE N. 29– não consta

 

 

LOTE N. 30 – FAMÍLIA OTTO – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Joao Otto                           chefe          35            casado        polaca

Margarida                          mulher       29            casada        polaca

Maria                                  filha            9               solteira        brasileira

Joao                                   filho            6               solteira           brasileira

Agnes                                filha            4               solteira           brasileira

                   filha            2               solteira           brasileira

LOTE N. 31  – FAMÍLIA SAVEDA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Urbano Saveda               chefe          31            casado        polaca

Elisabetha                        mulher       31            casada        polaca

Anna                                  filha            6               solteira        brasileira

Francisca                          filha            4               solteira        brasileira

Pedro                                 filho            2               solteiro        brasileira

LOTE N. 32  – FAMÍLIA SZOPPA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Alberto Szoppa                chefe          57            casado        polaca

Maria                                  mulher       45            casada        polaca

Hedovirges                       filha            17            solteira        polaca

Maria                                  filha            15            solteira           polaca

Francisca                          filha            10            solteira           brasileira

Joao                                   filho            8               solteiro           brasileira

                    filha            6               solteira           brasileira

LOTE N. 33  – FAMÍLIA KUBIS – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jacob Kubis                     chefe          40            casado        polaca

Ursula                                mulher       44            casada        polaca

Andre                                 filho            14            solteiro        polaca

Maria                                  filha            12            solteira        brasileira

Catarina                            filha            8               solteira           brasileira

Francisca                          filha            7               solteira           brasileira

LOTE N. 34  – FAMÍLIA MANKA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

    chefe          40            casado        polaca

Maria                                          mulher       40            casada        polaca

                filho            12            solteiro        brasileira

Pedro                                         filho            10            solteiro        brasileira

Andre                                         filho            8              solteiro        brasileira

Francisca                                  filha            5              solteira        brasileira

                           filho            3              solteiro        brasileira

LOTE N. 35  – FAMÍLIA WALESKO – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Heduvirgens Walesko       chefe      55            viúva            polaca

Pedro                                    filho         20            solteiro        polaca

LOTE N. 36  – FAMÍLIA WOICIK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Thomaz Woicik                              chefe          41                                polaca

Clara                                                mulher       35                                polaca

Peter                                                filho            9                                  brasileira

Francisca                                        filha            8                                  brasileira

Eva                                                   filha            6                                  brasileira

Rozalia                                            filha            4                                  brasileira

 

LOTE N. 37 – FAMÍLIA STOLMACH – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Rozalia Stolmach                         chefe          56            viúva           polaca

Cazimiro                                         filho            19            solteiro        polaca

 

LOTES N. 38, 39, 40, – não constam.

 

 

LOTE N. 41 – FAMÍLIA BUDIK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Joao Budik                       chefe          40            casado        polaca

Julianna                            mulher       35            casada        polaca

Joao                                   filho            13            solteiro        polaca

Anna                                  filha            11            solteira           brasileira

Carlos                                filho            9               solteiro           brasileira

Leopoldo                           filho            7               solteiro           brasileira

Victoria                              filha            4               solteira           brasileira

Eduvirges                         filha            1               solteira           brasileira

 

 

LOTE N. 42 – FAMÍLIA BAMPA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Augusto Bampa               chefe          50            casado        polaca

Ursula                                mulher       55            casada        polaca

Francisca                          filha            18            filha             polaca

 

 

LOTE N. 43 – FAMÍLIA BANDY – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Simon Bandy                                 chefe          37            casado       polaca

Agneska        mulher       45            casado       polaca

Andre                                               filho            16            solteiro       polaca

Maria                                                filha            14            solteira       polaca

Thomaz                                           filho            9              solteiro       brasileira

 

  

LOTE N. 44 – FAMÍLIA SPISLA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM SETEMBRO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Gaspar Spisla                  chefe          40            casado        polaca

Margarida                          mulher       42            casada        polaca

Francisco                          filho            17            solteiro        polaca

Eduvirges                         filha            14            solteira        polaca

Bertha                                filha            10            solteira           brasileira

Maria                                  filha            7               solteira           brasileira

Pedro                                 filho            5               solteiro           brasileira

Francisca                          filha            3               solteira           brasileira

 

 

LOTE N. ?? – FAMÍLIA SXVARE  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1887.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose Sxvare                      chefe          43            casado        polaca

Catharina                          mulher       53                                  polaca

Estevao                             filho            17                                  polaca

Martha                               filha            14                                  polaca

Agueda                             filha            12                                  polaca

 

 

LOTE N. ?? – FAMÍLIA  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Elisabetha Snveda         chefe          28            viúva            polaca

Agneska                            filha            4               solteira        brasileira

Weronica                          mãe            62            viúva            polaca

 

 

LOTE N. ?? – FAMÍLIA MAKIOLKA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM JANEIRO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Lourenço Makiolka         chefe       47                 casado      polaca

Rozalia                              mulher     47                 casada      polaca

Rozalia                              filha         16                 solteira      polaca

Francisca                          filha         16 meses     solteira        brasileira

 

LOTE N. 48 – FAMÍLIA MAKIOLKA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Francisco Makiolka         chefe          62            casado        polaca

Maria                                  mulher       57            casada        polaca

Eduvirges                         filha            18            solteira        polaca

Anna                                  filha            10            solteira        brasileira

 

LOTES 49 E 50 – não constam.

 

 

LOTE N. 51 – FAMÍLIA SZOLK  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MARÇO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Jose Szolk                        chefe          75            casado        polaca

Catarina                            mulher       73            casada        polaca

 

 

LOTE N. 52 – FAMÍLIA SKROCH – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Thereza Skroch               chefe          67            viúva            polaca

Alberto                               filho            26            casado        polaca

Elisabethe                        mulher       24            casada        polaca

 

LOTE N. 53 – FAMÍLIA KUBYS – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Roberto Kubys                 chefe          38            casado        polaca

Margarida                          mulher       37            casada        polaca

Thomaz                             filho            12            solteiro        polaca

Francisca                          filha            9               solteiro           brasileira

Joao                                   filho            7               solteiro           brasileira

Ignacio                              filho            5               solteiro           brasileira

Edurvirges                        filha            3               solteiro           brasileira

Francisco                          filho            1               solteiro           brasileira

 

 

LOTE N. 54 – FAMÍLIA SOPPA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Joao Soppa                      chefe          47            casado        polaca

Barbara                             mulher       47            casado        polaca

Joao                                   filho            19            solteiro        polaca

Augusto                            filho            15            solteiro           polaca

Carlos                                filho            13            solteiro           brasileira

Paulina                             filha            10            solteira           brasileira

Jose                                   filho            7               solteiro           brasileira

Estephanio                       filho            5               solteiro           brasileira

 

 

LOTE N. 55 – FAMÍLIA KUBIS – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                                         

Pedro Kubis                     chefe          38            casado        polaca

Thereza                             mulher       38            casada        polaca

Catharina                          filha            11            solteiro        brasileira

Pedro                                 filho            9               solteiro        brasileira

Maria                                  filha            7               solteira        brasileira

Anna                                  filha            5               solteira           brasileira

Elisabethe                        filha            1               solteira           brasileira

 

 

LOTE N. 56 – não consta.

 

 

LOTE N. 57 – FAMÍLIA SLUGA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                                         

Rochus Sluga                  chefe          35            casado        polaca

Rozalia                              mulher       30            casado        polaca

Francisca                          filha            10            solteira        brasileira

Joao                                   filho            8               solteiro        brasileira

Julianna                            filha            6               solteira        brasileira

Gregorio                            filho            4               solteiro        brasileira

Agnes                                filha            3               solteira        brasileira

 

 

LOTE N. 58 – não consta.

 

 

LOTE N. 59 – FAMÍLIA MATUSZENK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM ABRIL DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Anastacio Matuszenk       chefe          42              casado      polaca

Catharina                            mulher       32              casada      polaca

Anastacia                            filha            11              solteira      brasileira

                                                filho            9                solteiro        brasileira

Antonio                                filho            7                solteiro        brasileira

Pedro                                   filho            4                solteiro        brasileira

Leandro                               filho            1,6             solteiro      brasileira

 

 

LOTE N. 60 – FAMÍLIA KUPKA  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Mathias Kupka                 chefe          53            casado        polaca

Martha                               mulher       50            casada        polaca

Maria                                  filha            12            solteira        polaca

Joao                                   filho            9               solteiro        brasileira

Catharina                          filhs            5               solteira        brasileira

 

LOTE N. 61 – FAMÍLIA MACIOZEK – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Bruno Maciozek              chefe          48            casado        polaca

Julianna                            mulher       46            casada        polaca

Miguel                               filho            22            solteiro        polaca

Gregorio                            filho            20            solteiro           polaca

Maria                                  filha            17            solteira           polaca

Lucas                                 filho            15            solteiro           polaca

Edevirges                          filha            13            solteira           polaca

Christina                           filha            11            solteira           brasileira

Sophia                               filha            7               solteira           brasileira

Sekla                                 filha            5               solteira           brasileira

 

 

LOTE N. 62 – FAMÍLIA KANIA – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1877.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Rozalia Kania                  chefe          50            viúva            polaca

Martha                               filha            15            solteira        polaca

Joao                                   filho            12            solteiro        polaca

Francisca                          filha            9               solteira        brasileira

Thomaz                             filho            6               solteiro        brasileira

  

 

LOTES N. 63, 64, 65 – não constam.

 

 

LOTE N. 66 – FAMÍLIA KULIG – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM OUTUBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Alexandre Kulig               chefe          46            casado        polaca

Julia                                   mulher       58            casada        polaca

Lourenço                          filho            18            solteiro        polaca

Jose                                   filho            16            solteiro        polaca

LOTE N. ?? – FAMÍLIA  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM MAIO DE 1876.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Luiz                                    chefe          60                                  italiana

Luiza                                  mulher       57                                  francesa

Luiz                                    filho            28                                  francesa

Amelia                               filha            30                                  francesa

Juliao                                 filho            24                                  francesa

Argelina                            filha            22                                  francesa

Maria Luiza                       filha            19                                  francesa

Jose                                   filho            14                                  francesa

 

 

LOTE N. ??  – FAMÍLIA ARASMUS  – CHEGOU À COLÔNIA SANTA CÂNDIDA EM DEZEMBRO DE 1875.

NOME                                LUGAR      IDADE    ESTADO    NACIONALIDADE

                                            NA                               CIVIL          

                                            FAMÍLIA                    

Anna Arasmus                chefe          42            viúva               polaca

Simao                                 filho            18            solteiro           polaca

Maria                                  filha            15            solteira           polaca

Antonio                             filho            11            solteiro           brasileira

Anastacio                         filho            9               solteiro          brasileira

Mathilda                           filha            7               solteira           brasileira

Valeria                               filha            3               solteira           brasileira

 

FONTE: Estatística das Colônias da Província do Paraná, organizada em dezembro de 1887. DEAP-PR, Códice 832, p. 89 – 110.

Lista dos Ocupantes dos Lotes da Colônia Santa Cândida Conforme Livro de Conta Corrente N.º 837

Segue a lista dos ocupante dos lotes da colônia Santa Cândida em 1875 à 1877.

 

NOME

Gaspar Skoch
Estevão Otto
Margarida Poykala
Francisco Kulig
Gregório Skora
Urbano Kachel
Mathias Gbur – Miguel Gbur
Thomaz Barick
Thomaz Macioszek – transferido a Andre Baldy em 20 de fevereiro de 1896
Simão Prodlo
Lourenço Manka
Jose Waldera
Braz Kolodrej
Pedro Kachel
Augusto Prodeliky
Theodoro Wosch
Estevão Kachel
Joao Czaja
Leopoldo Czebula
Joao Koch
Thomaz Sprada foi transferido a Anastácia Sprada em 28 de julho de 1898.
Maria Dubiella (Jose Barviki)
Jose Spiada – Anastácio Sprada
Catharina Barbara Nadolny
Julio Rolski transferido a Joao Nadolny em 29 de abril de 1898.
Bartholomeu Wosch – Joao Skroh
Anna Arasmus
Jose Nadolny
Bernardo Walecko (Francisco)
Jacob Otto
Urbano Schneider
Alberto Soppa
Urcula Kubis
Victor Manka
Eduvirgem Walecko (Pedro Walecko)
Thomaz Voicik
Rozalia Stolmach (Frau co Mainka)
Eva Klink
Jordão Julio Clemente
Joao Nicolao Rauzes
Joao Rudetz
Augusto Kampa
Simão Baudy
Gaspar Spisla (Margarida)
Verônica Sveda
Lourenço Makiolka (Rozalia Makiolka)
Antão Woch (Beata Woch)
Francisco Makiolka (Maria Makiolka)
Rozalia Wolecka
Bartholomeo Wosch
Jose Schultz – Joao Soppa
Thereza kroche – Frau co Skroche
Roberto Kubis
Joao Soppa
Pedro Kubis
Ignacio Dittmann
Roque Sluga
Eva Klink
Anastacio Maluszenski (Francisco Kulig)
Mathias Kupka
Bruno Muciossek – Lucas Muciossek
Rozalia Kania
Thomaz Wenki
Jose Masienski

LOTE Nº 

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15
16
17
18
19
20
21
22
23
24
25
26
27
28
29
30
31
32
33
34
35
36
37
38
39
40
41
42
43
44
45
46
47
48
49
50
51
52
53
54
55
56
57
58
59
60
61
62
63
64

RESUMO: Este núcleo é dividido em 64 lotes com a área total de 6130154,03 m2 ou 1266.560,75 braças 2 que a razão de 9,7 réis e os 20% do regulamento geral com mais 50.000 reis de casa por cada lote prefaz a importância de Rs 17:942$766.

FONTE: Livro de conta corrente nº 837, DEAP-PR.

Observação: Transcrição literal do que esta escrito no livro, incluindo nomes riscados.